Sintoma pode ocorrer em pessoas que realizaram cirurgia de hérnia inguinal
A dor crônica inguinal é uma condição que afeta a região da virilha e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, podendo ser debilitante. Essa dor é definida como uma dor persistente na área inguinal que dura mais de três meses e que não está diretamente relacionada a uma doença específica como infecção ou tumor.
A prevalência da dor crônica inguinal varia, mas estima-se que uma proporção considerável de pessoas que passam por cirurgias de hérnia inguinal desenvolve essa condição, com taxas que variam entre 10% e 12% dos casos pós-operatórios. Além disso, atletas, especialmente aqueles envolvidos em esportes que demandam movimentos repetitivos da virilha, também estão em risco.
Por isso, entender sobre essa doença é crucial para o tratamento e prevenção da dor crônica inguinal.
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O que causa a dor crônica inguinal?
A dor crônica inguinal pode ser causada por vários fatores. Uma das causas mais comuns é a lesão ou irritação dos nervos na região inguinal, que pode ocorrer durante cirurgias, como a reparação de hérnias. Durante esses procedimentos, os nervos podem ser danificados por pontos, clipes ou próteses, resultando em dor neuropática.
Além das complicações cirúrgicas, a dor crônica inguinal também pode ser causada por lesões esportivas, que frequentemente envolvem tensões musculares, ligamentos ou tendões na área da virilha.
Outras causas potenciais incluem problemas musculares ou osteoarticulares, como disfunções da articulação sacroilíaca, tendinites ou osteíte púbica, e condições não relacionadas, como problemas ginecológicos ou urológicos.
Prevenção da dor crônica inguinal: como é possível?
A prevenção da dor crônica inguinal envolve uma combinação de cuidados cirúrgicos adequados e medidas preventivas no dia a dia. Aqui estão algumas estratégias eficazes:
- Evitar pontos ou clipes no periósteo do púbis: durante cirurgias, é crucial evitar a colocação de pontos ou clipes no periósteo do púbis, pois isso pode irritar ou lesionar nervos, levando a dor crônica;
- Uso criterioso de próteses: quando próteses são necessárias, como em reparos de hérnias, deve-se escolher cuidadosamente o material e a técnica de implantação para minimizar o risco de complicações nervosas e inflamatórias, contribuindo na prevenção da dor crônica inguinal;
- Exercícios de fortalecimento: fortalecer os músculos da região abdominal e inguinal pode ajudar a prevenir lesões que levam à dor crônica. Exercícios como prancha, ponte e fortalecimento dos adutores são recomendados para a prevenção da dor crônica inguinal;
- Técnicas de alongamento: alongar regularmente os músculos da virilha e da coxa pode reduzir o risco de lesões musculares. Exercícios de alongamento como a postura do sapo e a inclinação pélvica são benéficos;
- Uso adequado de equipamentos esportivos: utilizar equipamentos esportivos adequados e bem ajustados pode prevenir lesões na região inguinal. Por exemplo, cintos de levantamento de peso bem ajustados e calçados esportivos apropriados podem reduzir o risco de estresse excessivo na virilha, ajudando na prevenção da dor crônica inguinal.
Como a dor crônica inguinal é tratada?
O tratamento da dor crônica inguinal geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar. Aqui estão algumas opções de tratamento:
- Fisioterapia: a fisioterapia pode ajudar a aliviar a dor e melhorar a função através de exercícios específicos, massagem e técnicas de mobilização;
- Medicação: analgésicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, antidepressivos podem ser prescritos para gerenciar a dor;
- Bloqueios nervosos: injeções de anestésicos locais ou corticosteróides nos nervos afetados podem proporcionar alívio temporário ou prolongado da dor;
- Cirurgia de revisão: em casos em que a dor é causada por problemas resultantes de cirurgias anteriores e refratária aos tratamentos clínicos, uma nova intervenção cirúrgica pode ser necessária para corrigir o problema;
- Terapias complementares: acupuntura, terapia manual e biofeedback são algumas das abordagens complementares que podem ser eficazes no manejo da dor crônica inguinal.
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Fontes:
