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Cirurgia de Hérnia Epigástrica

Cirurgia de Hérnia Epigástrica
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Saiba quando o procedimento é indicado, como é realizado e quais cuidados são necessários para evitar complicações

A hérnia epigástrica é um tipo de hérnia abdominal que se origina no meio do abdômen, na região que compreende do umbigo ao tórax. Trata-se de um escape de um conteúdo interno (que pode ser tecido gorduroso, alças do intestino grosso ou intestino delgado) através da parede abdominal, geralmente refletindo o enfraquecimento, afastamento e a abertura da musculatura do abdômen.

A hérnia epigástrica é um problema congênito, ou seja, de uma situação ocorrida desde a formação do feto. Este tipo de situação tende a acometer ambos os sexos, com ligeiro predomínio nos homens. Embora seja uma hérnia de um defeito congênito, ela se manifesta comumente entre os 20 e 50 anos.

Quando surge tardiamente, acredita-se que seja resultado de esforços ao longo da vida, excesso de peso, levantamento de objetos pesados ou tenha relação com o enfraquecimento da parede abdominal, culminando na abertura em pontos por onde penetravam pequenos vasos sanguíneos da pele.

Em até 20% dos casos, a hérnia epigástrica pode ser múltipla, havendo mais de um orifício ao longo da linha central do abdômen. 

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Fatores de risco para a hérnia epigástrica

Os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento da hérnia epigástrica são:

  • Tosse persistente;
  • Treinamento físico muito intenso;
  • Tabagismo;
  • Uso crônico de medicações que alterem a imunidade, como os corticoides.
  • Transtornos ou doenças do colágeno

Sintomas da hérnia epigástrica

As pessoas que têm hérnia epigástrica geralmente conseguem observar uma saliência (nódulo) na região anterior do abdômen, na linha do meio acima do umbigo. Essa saliência fica embaixo da pele e se torna mais evidente quando a pessoa tosse, ergue peso ou faz força. Algumas pessoas sentem desconforto ou dor, de intensidade fraca ou forte, quando fazem esforço físico excessivo. Após alguns meses ou anos, a hérnia pode aumentar de volume.

Outra característica da hérnia é que ela pode manifestar-se em um momento, desaparecer espontaneamente e voltar a manifestar-se de novo. Porém, ela pode ficar estrangulada ou encarcerada. 

  • Hérnia encarcerada: ocorre quando o órgão ou conteúdo fica preso no orifício, não retornando para dentro da cavidade abdominal. Isso quando acontece de forma aguda (de uma hora para outra) geralmente causa dor e pode reduzir a circulação sanguínea do órgão, comprometendo o funcionamento e podendo causar lesão dos tecidos; 
  • Hérnia estrangulada: esta condição é mais grave e demanda cirurgia de hérnia epigástrica de emergência, pois o fluxo sanguíneo para o órgão fica interrompido, podendo causar necrose dos tecidos, perfuração intestinal e outros quadros mais graves.

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Diagnóstico da hérnia epigástrica

Na maioria das vezes, o exame clínico, em consultório, é suficiente para o médico diagnosticar um quadro de hérnia epigástrica. O diagnóstico é feito pelo histórico clínico detalhado do paciente e pelo exame físico. O exame de ultrassonografia pode ser solicitado para determinar o tamanho do defeito e outras características da parede abdominal.

Podem ser necessários, ainda, outros exames de imagens, como: tomografia computadorizada ou ressonância magnética, principalmente com intuito de avaliar por completo não só a parede abdominal, mas também o resto do abdome.

Tratamento da hérnia epigástrica

Assim como ocorre com qualquer tipo de hérnia, a cirurgia é a única forma de tratar a doença. A cirurgia de hérnia epigástrica consiste em reposicionar o órgão no seu devido lugar (cavidade abdominal) e realizar o fechamento do defeito por meio de sutura (pontos cirúrgicos) ou por sutura e a colocação de uma tela para reforçar a região.

Atualmente, existe uma tendência de recomendar a colocação de tela na maioria das cirurgias de hérnia abdominal, pois isso diminui significativamente o risco de recidiva (volta da hérnia), mas essa decisão no caso das hérnias epigástricas tem que ser avaliada caso a caso. Geralmente são usadas telas nos casos de hérnias maiores, já manipuladas previamente ou quando a parede abdominal apresenta outras alterações.

Em pacientes sintomáticos, a cirurgia visa reduzir os sintomas e evitar complicações. Em pacientes assintomáticos, a avaliação do local da hérnia, tamanho, característica do conteúdo herniário e condições clínicas do paciente devem ser considerados junto ao médico cirurgião para definir qual o melhor momento para a realização da cirurgia de hérnia epigástrica.

Sem o tratamento adequado, a doença pode progredir e exigir cirurgia de urgência em caso de encarceramento e/ou estrangulamento.

Existem três tipos de cirurgia de hérnia epigástrica. São eles:

Cirurgia aberta/tradicional

Este tipo de cirurgia de hérnia epigástrica é a abordagem mais utilizada para este tipo de hérnia. Nela, o cirurgião faz uma incisão na região correspondente à hérnia e realiza a correção da mesma. Em alguns casos, é necessária a implantação de uma tela para reforçar a parede por onde ela surgiu.

A cirurgia de hérnia epigástrica aberta ou convencional apresenta como principais vantagens: pode ser realizada com anestesia local e sedação, técnica é mais fácil de ser realizada, há pequeno risco de complicações graves e custo menor. As principais desvantagens são o maior risco de complicações de ferida operatória (incluindo infecção), maior tempo de recuperação da cirurgia e de retorno às atividades habituais.

Cirurgia laparoscópica

Normalmente, três pequenos cortes são feitos quando o médico opta por esse tipo de cirurgia de hérnia epigástrica, sendo dois para a inserção de instrumentos e um para uma microcâmera que vai orientar o cirurgião durante o procedimento. Durante a cirurgia, o médico insufla um gás no interior do abdômen do paciente com o objetivo de criar espaço para que ele insira os instrumentos cirúrgicos e corrija a hérnia com sutura e/ou colocação da tela.

Cirurgia robótica

Neste tipo de cirurgia de hérnia epigástrica a diferença é que um robô, guiado pelo médico cirurgião, é quem faz todo o procedimento. Em algumas situações o robô oferece mais controle e maior facilidade na realização de certas manobras.

Tanto a cirurgia de hérnia robótica quanto laparoscópica são consideradas minimamente invasivas e apresentam como vantagens: menos invasão, menor risco de complicações de ferida operatória, recuperação mais rápida, retorno mais rápido às atividades de rotina e mais conforto ao paciente. Não existe uma técnica melhor para a cirurgia de hérnia epigástrica. Cada caso deve ser avaliado de forma individual para que a melhor opção seja tomada.

Para minimizar os riscos envolvidos em uma cirurgia de hérnia epigástrica é necessário que o paciente faça uma avaliação pré-operatória adequada, o que pode incluir a realização de exames de sangue e cardiológicos. Há casos em que a cirurgia precisa ser feita de maneira emergencial, como quando a hérnia está estrangulada. Por isso é importante procurar um médico assim que os primeiros sinais da presença de uma hérnia aparecerem, para que o paciente possa ser esclarecido dos riscos e dos sinais de complicação.

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Cuidados no pós-operatório da cirurgia de hérnia epigástrica 

Por mais que a cirurgia de hérnia epigástrica, na maioria das vezes, seja um procedimento tranquilo e com baixos índices de complicação, são necessários cuidados após a alta do hospital. O paciente deve seguir as seguintes orientações:

  • Não dirigir: é necessário que o paciente não dirija por período médio de sete dias. Isso evita um esforço que pode vir a ocasionar complicações no processo de recuperação;
  • Ter uma dieta balanceada: a ingestão de alimentos ricos em fibra ajudará a impedir quadros de prisão de ventre, assim como evacuar sem esforço e pressão na região abdominal;
  • Não realizar exercícios físicos nos primeiros 30 dias após a cirurgia de hérnia epigástrica: o retorno dos exercícios deve ser discutido com o médico e determinado caso a caso. Em geral é feito de forma gradual, evitando pressionar a região abdominal até a completa cicatrização;
  • Cuidar da higienização do local operado: o paciente deve tomar banho normalmente e deixar a região da cirurgia sempre limpa e seca. Caso o paciente identifique sangramento ou secreção deve informar o médico imediatamente;
  • Não carregar peso: da mesma forma que os exercícios físicos, carregar peso pode ser prejudicial nesta fase. Evite excessos mesmo nas atividades diárias;

·       Usar analgésicos e anti-inflamatórios para dor prescritos pelo médico. 

Quanto custa uma cirurgia de hérnia epigástrica?

O valor de uma cirurgia de hérnia epigástrica pode variar em função de diversos fatores, como a técnica cirúrgica, por exemplo. Apenas o médico especialista em hérnia poderá, após avaliação, estimar o valor da cirurgia.

A cirurgia de hérnia epigástrica é um procedimento relativamente simples, mas que pode trazer complicações quando não é realizado por profissionais capacitados. A Hernia Clinic é uma clínica especializada no tratamento das hérnias da parede abdominal. Criada por cirurgiões especialmente dedicados ao estudo e tratamento desta patologia, a clínica busca oferecer aos pacientes um ambiente único para tratamento das hérnias, desde as mais simples às mais complexas. Para demais informações entre em contato agora mesmo e agende já a sua consulta.

 

Fontes:

Hernia Clinic

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal