Condição complexa requer uma abordagem multifacetada para diagnóstico e tratamento
A inguinodinia é uma dor crônica localizada na região inguinal, que pode ser contínua ou intermitente. A dor pode variar de leve a intensa e frequentemente interfere nas atividades diárias e na qualidade de vida do paciente.
A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define a inguinodinia como uma dor com duração superior a três meses após a herniorrafia (cirurgia para o tratamento de hérnia para reparar a fraqueza ou fragilidade do músculo).
As causas da inguinodinia são variadas, incluindo lesões musculares, problemas nervosos, hérnias, e complicações pós-operatórias de cirurgias na região inguinal. Esta condição é mais comum em atletas, especialmente aqueles que praticam esportes que envolvem movimentos repetitivos da perna, como futebol e corrida.
Principais sintomas da inguinodinia
Os sintomas da inguinodinia incluem dor na virilha que pode irradiar para a coxa, abdômen ou área genital. A dor pode ser acompanhada de sensações de queimação, formigamento ou hipersensibilidade na região afetada.
Além disso, os pacientes podem sentir fraqueza muscular e dificuldade em realizar atividades que envolvam a movimentação da perna, como caminhar, correr ou subir escadas. Em alguns casos, a dor pode ser aumentada pela prática de atividades físicas ou mesmo por longos períodos de inatividade.
Fatores de risco da inguinodinia
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver inguinodinia. Entre eles, estão:
- Atividade física intensa: atletas e pessoas que praticam esportes de alto rendimento principalmente com mudanças de direção têm maior risco devido ao estresse repetitivo na região inguinal;
- Histórico de cirurgias: cirurgias anteriores na área inguinal, como reparos de hérnia, podem resultar em danos nervosos ou formação de cicatrizes que contribuem para a dor crônica;
- Idade e gênero: homens de meia-idade são mais propensos a desenvolver inguinodinia, possivelmente devido à prevalência de hérnias inguinais;
- Lesões anteriores: traumas na região inguinal ou condições como distensões musculares podem predispor ao desenvolvimento de dor crônica.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico da inguinodinia começa com uma avaliação clínica detalhada, incluindo o histórico médico e um exame físico completo. O médico avaliará a localização, intensidade e características da dor, além de possíveis fatores desencadeantes.
Exames de imagem, como ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada, podem ser solicitados para visualizar estruturas internas e identificar anomalias, como hérnias ou lesões musculares. Em alguns casos, testes específicos, como bloqueios nervosos diagnósticos, podem ser utilizados para identificar a origem exata da dor.
Tem como prevenir a inguinodinia?
A prevenção da inguinodinia envolve medidas para reduzir o risco de lesões e sobrecarga na região inguinal. Estratégias preventivas incluem:
- Aquecimento e alongamento: realizar aquecimento adequado e exercícios de alongamento antes de atividades físicas intensas;
- Fortalecimento muscular: fortalecer os músculos abdominais e da região pélvica pode proporcionar suporte adicional e reduzir o risco de lesões;
- Uso de técnicas adequadas: em atividades esportivas, utilizar técnicas corretas para reduzir o estresse na região inguinal;
- Pausas regulares: evitar longos períodos de atividades repetitivas sem pausas adequadas.
- Com relação a inguinodinia pós-operatória: uso da técnica adequada, por profissional capacitado; evitar excesso de fixação da tela; preferir fixações atraumáticas e absorvíveis; uso de telas adequadas e de forma criteriosa, entre outros.
Como tratar a inguinodinia?
O tratamento da inguinodinia pode ser dividido em conservador e cirúrgico. As abordagens conservadoras incluem:
- Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios e antidepressivos podem ajudar a aliviar a dor e diminuir a excitação dos nervos no local;
- Fisioterapia: exercícios específicos para fortalecer e alongar os músculos da região inguinal;
- Infiltrações: aplicação de anestésicos e/ou corticoides no local acometido;
- Terapias complementares: acupuntura, massagens terapêuticas e técnicas de relaxamento podem oferecer alívio adicional.
Em que casos o tratamento cirúrgico é indicado?
O tratamento cirúrgico é considerado quando as abordagens conservadoras não proporcionam alívio significativo da dor. A cirurgia pode ser indicada em casos de:
- Hérnias inguinais persistentes: reparos de hérnia que não respondem a outros tratamentos;
- Lesões nervosas: neurectomia, ou remoção de nervos danificados, pode ser necessária para aliviar a dor neuropática;
- Complicações pós-cirúrgicas: correção de problemas causados por cirurgias anteriores, como formação de cicatrizes em excesso ou danos a estruturas nervosas.
A decisão de realizar uma cirurgia deve ser tomada após uma avaliação meticulosa por um cirurgião experiente, que considerará os benefícios e riscos envolvidos.
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