Ficar mais forte aumenta o risco de hérnia? O Dr. Paulo Barros, cirurgião da Hérnia Clinic, explica os verdadeiros fatores de risco para desenvolver hérnias, incluindo genética, sexo e histórico cirúrgico, e desmistifica a relação com o fisiculturismo.
Diástase abdominal tem cura? Quais as opções de tratamento?
A parede abdominal é composta por fibras elásticas conhecidas como colágenas. Algumas pessoas apresentam uma transição de um colágeno de melhor qualidade para outro de qualidade inferior, o que favorece a formação de hérnias. Isso indica que há um componente hereditário envolvido.
Em relação às mulheres, apenas 3% daquelas com hérnias inguinais desenvolvem a condição, mas é comum que o histórico familiar, especialmente por parte do pai, esteja presente devido à alteração do colágeno.
O Peso é o principal risco para desenvolvimento de hérnia abdominal?
O peso, por si só, não é considerado um fator de risco principal. Se fosse, todos os fisiculturistas apresentariam hérnias abdominais, o que não ocorre com frequência. O peso tende a evidenciar uma hérnia já existente, e não necessariamente a causar sua origem.
Outros fatores que têm maior influência
Outros fatores têm maior influência, como já ter tido uma hérnia anteriormente, ser do sexo masculino, já que cerca de 30% dos homens apresentarão hérnia inguinal ao longo da vida e ter passado por cirurgias de próstata, principalmente quando realizadas por via aberta, o que aumenta o risco.
Por fim, alterações no colágeno continuam sendo uma das principais causas. Pessoas com predisposição genética estão mais suscetíveis à formação de hérnias ao longo da vida.