A hérnia incisional pode surgir após cirurgias abdominais e, em muitos casos, o cirurgião recomenda emagrecimento antes da correção. O excesso de peso aumenta os riscos e dificulta a recuperação. Descubra por que perder peso pode ser essencial, os benefícios e as alternativas disponíveis. Entenda mais sobre esse assunto!

A hérnia incisional é uma condição caracterizada por um orifício (área de fraqueza) na parede muscular do abdômen em uma cicatriz cirúrgica prévia, que permite a projeção de uma porção do intestino ou de tecido abdominal através desse ponto para o exterior, geralmente causando um abaulamento visível na pele.
Essa condição pode provocar dor e complicações como encarceramento ou estrangulamento intestinal. A correção cirúrgica costuma ser o tratamento definitivo.
No entanto, em pacientes com excesso de peso, o cirurgião frequentemente recomenda emagrecimento antes da cirurgia.
Isso acontece porque a obesidade aumenta a pressão abdominal, dificulta o fechamento adequado da parede e eleva o risco de complicações no pós-operatório.
Neste artigo, abordaremos os riscos de operar a hérnia incisional em pacientes obesos, os benefícios de emagrecer antes da cirurgia e as alternativas quando a perda de peso não é alcançada. Leia até o final e saiba mais!
Riscos de operar a hérnia incisional em pacientes obesos
A obesidade representa um dos maiores fatores de risco em cirurgias de hérnia incisional. Isso acontece porque o excesso de peso exerce uma pressão contínua sobre a parede abdominal, comprometendo o fechamento da cirurgia e favorecendo a recidiva.
Entre os principais riscos estão:
- Aumento da chance de infecção da ferida operatória
- Maior dificuldade (tensão) no fechamento da parede abdominal
- Maior risco de recidiva da hérnia após a correção
- Maior tempo de internação hospitalar
- Chance maior de complicações respiratórias durante e após a cirurgia
Além disso, pacientes obesos tendem a ter doenças associadas, como hipertensão, diabetes e apneia do sono, que podem aumentar as complicações anestésicas e de cicatrização.
Esse conjunto de fatores torna a cirurgia mais delicada e pode impactar diretamente o resultado a longo prazo.
Outro ponto importante é que, em casos de obesidade severa, a técnica cirúrgica precisa ser adaptada. Muitas vezes, são necessárias incisões maiores e o uso de telas mais extensas, o que aumenta a complexidade do procedimento.
Portanto, o emagrecimento prévio não é apenas uma recomendação estética, mas uma medida de segurança essencial.
Benefícios de emagrecer antes da cirurgia
O emagrecimento antes da correção da hérnia incisional pode transformar o resultado cirúrgico e garantir uma recuperação mais segura.
A redução de peso diminui a pressão abdominal, melhora a cicatrização e reduz os riscos de complicações intra e pós-operatórias.
Os benefícios mais observados incluem:
- Menor risco de infecção cirúrgica
- Redução da pressão sobre a parede abdominal
- Melhor resposta imunológica e cicatrização mais eficaz
- Melhor complacência (elasticidade) dos tecidos
- Recuperação mais rápida e menor tempo de internação
Em muitos casos, a perda de apenas 5 a 10% do peso corporal já traz impacto positivo para o procedimento.
Esse emagrecimento pode ser conquistado com mudanças de hábitos alimentares, prática regular de atividades físicas e acompanhamento com especialistas.
Além disso, a preparação para a cirurgia através da perda de peso contribui para a saúde geral do paciente. A melhora da função cardiovascular e respiratória, associada ao controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, favorece a segurança do ato cirúrgico.
Alternativas quando não é possível emagrecer
Apesar da recomendação médica, nem todos os pacientes conseguem atingir a perda de peso antes da cirurgia. Nesses casos, o cirurgião avalia alternativas para reduzir os riscos, levando em consideração a gravidade da hérnia e as condições clínicas do paciente.
Entre as principais estratégias estão:
- Realização de cirurgia bariátrica antes da correção da hérnia
- Uso de técnicas cirúrgicas provísórias como uma “ponte” para o tratamento definitivo
- Preparação pré-operatória intensiva com fisioterapia respiratória
- Controle rigoroso de doenças crônicas associadas
- Reforço nutricional para melhorar a cicatrização
Em alguns casos de urgência, quando há risco iminente de encarceramento ou estrangulamento intestinal, a cirurgia precisa ser realizada mesmo sem o emagrecimento prévio.
Nesses cenários, a equipe médica adota cuidados adicionais para minimizar as complicações possíveis.
Em pacientes com obesidade grave e hérnia incisional complexa, muitas vezes a melhor abordagem é um tratamento em etapas, começando pela redução de peso e só depois a correção definitiva da hérnia. Isso aumenta significativamente as chances de sucesso.
Perguntas Frequentes
1. É perigosa a cirurgia de hérnia incisional?
Pode ser, especialmente em obesos, pois há maior risco de infecção, recidiva, complicações respiratórias e dificuldade no fechamento da parede.
2. Como é feita a cirurgia da hérnia incisional?
É feita com fechamento e reforço da parede abdominal, geralmente usando telas; em obesos, pode exigir técnicas adaptadas e incisões maiores.
3. Quantos dias de repouso para cirurgia de hérnia incisional?
O tempo de repouso varia, mas em média, é de 30 a 45 dias com restrição de esforço físico.
4. Quanto tempo o paciente fica no hospital após a cirurgia de hérnia incisional?
O tempo varia conforme o caso, geralmente o paciente fica internado entre 2 a 5 dias, mas obesos podem precisar de um período maior pelo risco de complicações.
5. O que provoca hérnia incisional?
Ela surge em cicatrizes cirúrgicas antigas, agravada por obesidade, má cicatrização, esforço físico e infecções.