Diástase de retos abdominais

Atualizado em: 26/08/2024

Conheça o que é a diástase de retos abdominais, como a condição se manifesta e porque o problema aumenta as chances de desenvolver hérnia abdominal

A diástase de retos abdominais consiste na separação da musculatura da parede do reto abdominal e do tecido conjuntivo. O problema manifesta-se na linha alba ou linha central do abdome, podendo ser uma abertura parcial ou total.

A condição, também chamada de diástase dos músculos retos abdominais (DMRA), acomete principalmente as mulheres, especialmente durante ou depois da gestação, e pode favorecer o desenvolvimento de hérnias abdominais.

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O que causa a diástase de retos abdominais?

Como visto, a diástase de retos abdominais está associada especialmente às gestantes ou mulheres que engravidaram, o que corresponde a 60% dos casos. Os riscos de diástase são ainda maiores em caso de gravidez de gêmeos.

Entretanto, a gravidez não é o único fator associado a quadros de diástase, sendo outras ocorrências que podem predispor ao desenvolvimento do quadro:

  • Obesidade, especialmente com aumento de volume abdominal;
  • Realização de mais de uma cirurgia abdominal anteriormente;
  • Realização de exercícios musculares intensos, principalmente quando sem orientação e com esforço abdominal desproporcional.

Portanto, a diástase de retos abdominais pode acometer pessoas saudáveis e que desconhecem que seus hábitos ou estilo de vida podem resultar nessa alteração.

Quais são os principais sintomas da diástase?

Para muitas pessoas, a diástase é uma manifestação estética, devida às alterações na região abdominal. Entretanto, a condição pode comprometer diretamente a saúde e qualidade de vida. São sintomas da diástase:

  • Flacidez e fraqueza no abdômen;
  • Limitações para fazer atividades que exigem força abdominal, como caminhadas longas ou levantar peso;
  • Recorrência de dores na lombar, pelve e quadril, principalmente no puerpério;
  • Presença de saliência ou afundamento abdominal, seja na região superior ou inferior do umbigo, especialmente quando faz força ou abdominais.

A identificação desses indicativos deve motivar a busca por ajuda médica especializada para o diagnóstico e prescrição do tratamento mais apropriado.

Como diagnosticar?

A identificação pode ser realizada em casa por meio de duas técnicas.

Ao ficar de barriga para cima, faça a contração da musculatura abdominal. Então coloque os dedos sob a linha alba, que se estende do centro abdômen até a região do púbis, e verifique qual o espaço entre os músculos. Ele deve ser de até 3 centímetros, com variações de acordo com o biotipo.

A outra forma é, em frente ao espelho, verificar a presença de um afundamento ou saliência na linha média ao contrair o abdome. Em geral, essa manifestação ocorre acima do umbigo e pode ir até a linha pélvica.

Quando a diástase de retos abdominais apresenta mais de 5 centímetros de diâmetro passa a ser classificada como de grau elevado.

A identificação da diástase de retos abdominais em casa não dispensa a ida ao médico para uma avaliação especializada para o diagnóstico do quadro.

O especialista pode realizar a mesma manobra manual para verificar o quadro de diástase e também solicitar a ultrassonografia abdominal para confirmação do diagnóstico, detalhar a intensidade da diástase e avaliar se há presença de hérnia abdominal associada.

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Diástase de retos abdominais pode se tornar uma hérnia?

Devido à fraqueza muscular na região abdominal, pacientes com diástase de retos abdominais têm maior tendência ao desenvolvimento de hérnias abdominais, especialmente a hérnia umbilical.

A avaliação médica, portanto, é fundamental para verificar a extensão do problema e possíveis associações com hérnias que demandam tratamento para evitar complicações.

Quais são as opções de tratamento?

As opções de tratamento dependem diretamente da gravidade da diástase de retos abdominais e se o problema está ou não associado a uma hérnia abdominal ou a flacidez/excesso de pele. As abordagens incluem:

  • Realização de exercícios e fisioterapia orientados com foco na correção de diástase leve;
  • Cirurgia reparadora da diástase;
  • Cirurgia para correção da diástase em associação com a cirurgia de hérnia;
  • Cirurgia para correção da diástase em associação com cirurgia plástica.

A correção da diástase com ou sem hérnia pode ser feita de maneira minimamente invasiva através da cirurgia por videolaparoscopia ou robótica.

Apena um especialista poderá avaliar a extensão do caso e, assim, indicar qual o tratamento para diástase de retos abdominais mais adequado ao caso.

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Fontes:

Ministério da saúde

Dr Iron Pires Hernia Clinic

Dr. Iron Pires

CRM: 147920

CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE Nº: 75353

CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 75352

Dr. Iron Pires é cirurgião hepatobiliopancreático, formado em Medicina pela UFG e com especialização pela Santa Casa de São Paulo e Unifesp. Atua em hospitais de destaque em São Paulo e faz parte da equipe de transplantes da Unifesp, contribuindo também com pesquisas na área.

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