Sentir dor na hérnia umbilical ao tossir é um sintoma relativamente comum e pode ser decorrente do aumento da pressão na região abdominal. Entender se essa dor é esperada ou sinal de alerta é essencial para evitar complicações. Entenda mais sobre esse assunto!

A hérnia umbilical é uma condição em que existe um orifício na parede muscular do abdômen na região do umbigo e que permite que uma parte do intestino ou tecido abdominal atravesse a parede enfraquecida, formando uma saliência que abaula a pele.
Ela afeta adultos em todas as idades, especialmente aqueles que realizam esforços intensos e frequentes, têm obesidade ou mulheres que já engravidaram.
Embora nem sempre cause dor, é comum que o desconforto apareça durante tosse, espirros ou ao levantar peso.
Neste artigo, abordaremos por que a hérnia umbilical dói ao tossir, espirrar ou fazer esforço, os sinais de alerta que indicam riscos e os tratamentos e cuidados para aliviar a dor e evitar complicações. Leia até o final e saiba mais!
Por que a hérnia umbilical dói ao tossir, espirrar ou fazer esforço
A dor na hérnia umbilical ao tossir, espirrar, rir ou fazer esforço físico ocorre devido ao aumento da pressão intra-abdominal.
A tosse, por exemplo, faz com que o diafragma se contraia e pressione os órgãos internos contra a parede abdominal, justamente onde a hérnia está localizada. Isso provoca estiramento do tecido herniado e da musculatura ao redor, gerando desconforto ou dor.
Esse sintoma é especialmente perceptível quando:
- A hérnia é de tamanho médio ou grande
- O orifício na parede abdominal está mais aberto
- Existe retenção de conteúdo abdominal dentro da hérnia
Além da dor, é comum perceber:
- Sensação de peso ou pressão no umbigo
- Aumento do volume da hérnia durante tosse ou esforço
- Desconforto ao ficar muito tempo em pé ou carregar peso
Essa dor, quando leve e passageira, costuma ser considerada esperada em quadros de hérnia não complicada.
No entanto, quando o desconforto é intenso, recorrente ou associado a outros sintomas, pode indicar um problema mais sério, como o aumento do risco de encarceramento da hérnia.
Por isso, entender o padrão dessa dor é fundamental para saber quando buscar ajuda médica.
Sinais de alerta: quando a dor na hérnia umbilical indica risco
Existem sinais de alerta que podem indicar complicações sérias, como o encarceramento ou estrangulamento da hérnia, que ocorre quando uma parte do intestino fica presa e sem irrigação sanguínea.
Os principais sinais de alerta incluem:
- Dor intensa, súbita e persistente na região do umbigo;
- Endurecimento da hérnia, que não retorna ao abdômen ao ser pressionada;
- Vermelhidão, inchaço ou calor local;
- Náusea, vômito e mal-estar;
- Febre e sinais de infecção;
- Abdômen distendido ou dificuldade para evacuar.
Quando esses sintomas aparecem, trata-se de uma emergência médica. O estrangulamento da hérnia pode levar à necrose do tecido preso, perfuração intestinal e infecção generalizada, colocando a vida em risco.
Por isso, qualquer mudança no padrão da dor, principalmente se vier acompanhada desses sinais, deve ser avaliada com urgência por um médico.
Nestes casos, o tratamento cirúrgico é geralmente indicado de forma imediata para evitar complicações graves. Ignorar os sinais pode gerar consequências severas para a saúde.
Mesmo na ausência de encarceramento ou estrangulamento no momento, dor significativa na região da hérnia ou dor recorrente são sinais de alerta, pois indicam que há maior risco de que essas complicações venham a ocorrer.
Tratamentos e cuidados para aliviar a dor e evitar complicações
O tratamento definitivo da hérnia umbilical é cirúrgico, especialmente quando há dor frequente, crescimento da hérnia ou risco de encarceramento.
A cirurgia consiste em reposicionar o conteúdo abdominal, fechar o orifício na parede muscular e algumas vezes reforçar a parede enfraquecida uso de uma tela cirúrgica, reduzindo o risco de recidiva.
Enquanto a cirurgia não é realizada, alguns cuidados podem ajudar a aliviar a dor e evitar agravamentos:
- Evitar levantar peso ou realizar esforços excessivos
- Usar cintas abdominais específicas, sempre com orientação médica
- Manter o peso corporal adequado, reduzindo a pressão sobre a parede abdominal
- Controlar a tosse, especialmente em casos de doenças respiratórias crônicas
- Praticar exercícios de fortalecimento muscular, sempre orientados por um profissional
Nos casos em que a hérnia não causa sintomas ou é muito pequena, o médico pode optar apenas pelo acompanhamento, após conversa com o paciente.
Após a cirurgia, o paciente costuma ter uma recuperação rápida, mas precisa seguir recomendações como repouso, evitar atividades de impacto e manter uma alimentação que favoreça a cicatrização e o funcionamento intestinal.