A hérnia umbilical no pós-parto pode surgir devido ao enfraquecimento da parede abdominal causado pela gestação. É uma condição comum e pode exigir tratamento cirúrgico em alguns casos. Entenda por que ocorre, quais são os sintomas e como é a correção. Entenda mais sobre esse assunto!

A hérnia umbilical pós-parto é uma condição que afeta algumas mulheres após o nascimento do bebê, geralmente devido ao enfraquecimento da parede abdominal durante a gestação.
Esse enfraquecimento causado pelo aumento de volume do abdômen durante a gestação facilita a ocorrência da hérnia umbilical, que é um orifício na parede muscular do abdômen na região do umbigo que permite a passagem de conteúdo intra abdominal através deste ponto, formando uma saliência visível e, às vezes, dolorosa.
Embora nem todas as mulheres desenvolvam hérnias após a gravidez, o aumento da pressão abdominal durante a gestação pode contribuir para o surgimento desse problema. Outro problema que pode aparecer simultâneamente é a presença de diástase da musculatura abdominal.
Neste artigo, abordaremos: por que a hérnia umbilical pode surgir após o parto, sinais e sintomas que merecem atenção e quais são as opções de tratamento mais indicadas. Leia até o final e saiba mais!
Por que a hérnia umbilical pode surgir após o parto
Durante a gestação, o corpo da mulher passa por diversas mudanças estruturais para acomodar o crescimento do bebê.
Algumas dessas mudanças são o aumento do volume do abdomês e da pressão intra-abdominal, que podem levar ao enfraquecimento da musculatura da parede abdominal, principalmente na região do umbigo. Isso cria uma área vulnerável, onde pode surgir a hérnia umbilical.
Esse tipo de hérnia é mais comum em mulheres que tiveram:
- Gestações múltiplas ou com bebês grandes
- Sobrepeso ou obesidade durante a gravidez
- Histórico de hérnia umbilical antes da gestação
- Predisposição genética para fraquezas na parede abdominal
A separação dos músculos retos do abdome (diástase) também contribui para o surgimento da hérnia, e é outro problema comum para as mulheres após a gestação.
Embora nem todas as mulheres sintam dor, a presença de desconforto local, abaulamento visível, sensação de peso ou incômodo ao se movimentar pode indicar a necessidade de avaliação médica.
Quando diagnosticada precocemente, a hérnia pode ser acompanhada ou tratada com segurança.
Sinais e sintomas que merecem atenção
A hérnia umbilical nem sempre causa dor, especialmente nos estágios iniciais, o que pode dificultar a identificação do problema.
No entanto, alguns sinais específicos devem ser observados com atenção, principalmente se ocorrerem de forma contínua ou com piora progressiva após o parto.
Entre os principais sintomas estão:
- Abaulamento ou saliência visível na região do umbigo
- Dor leve ou sensação de queimação ao redor do umbigo
- Desconforto ao realizar esforço físico ou levantar peso
- Sensação de pressão ou peso abdominal ao final do dia
Em casos mais graves, a hérnia pode apresentar:
- Dor intensa e contínua
- Náuseas ou vômitos
- Endurecimento e vermelhidão na região da hérnia
- Dificuldade para reduzir a saliência manualmente
Esses sinais podem indicar encarceramento ou estrangulamento da hérnia, uma complicação séria que exige atendimento médico imediato.
Por isso, mesmo que os sintomas pareçam leves, é fundamental procurar avaliação médica especializada, principalmente se houver piora progressiva ou se a hérnia aumentar de tamanho com o tempo.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado ajudam a evitar complicações e a definir o melhor momento para o tratamento, se necessário.
Quais são as opções de tratamento mais indicadas
O tratamento da hérnia umbilical pós-parto depende principalmente do tamanho da hérnia, da intensidade dos sintomas, da presença de diástase e de outras particularidades de cada caso.
Em casos pequenos e assintomáticos, o médico pode optar por apenas observar a evolução, especialmente nos primeiros meses após o parto, quando a parede abdominal ainda está em processo de recuperação natural.
Quando o tratamento cirúrgico é indicado, as opções incluem:
- Cirurgia aberta com ou sem colocação de tela para reforço da parede abdominal
- Cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica), com menor incisão e tempo de recuperação mais curto
- Cirurgia combinada com equipe de cirurgia plástica, permitindo tratamento conjunto da hérnia e de problemas como a diástase e acúmulo de gordura abdominal.
A escolha da técnica cirúrgica depende de fatores como:
- Tamanho da hérnia
- Número de gestações anteriores
- Presença de diástase dos músculos retos
- Condições clínicas da paciente
O tempo ideal para a cirurgia costuma ser entre 6 a 12 meses após o parto, período em que o corpo já passou pelas principais mudanças hormonais e estruturais da gestação.
A recuperação costuma ser tranquila, com retorno gradual às atividades após algumas semanas.
Em todos os casos, o acompanhamento com um cirurgião experiente é fundamental para garantir segurança, eficácia e bons resultados estéticos no tratamento da hérnia umbilical.
Saiba mais: Por que Hérnias Umbilicais são mais comuns em mulheres e como tratá-las?
Dúvidas relacionadas ao tema:
Hérnia umbilical pós-parto é comum?
Sim. Ela pode surgir após a gestação devido ao enfraquecimento da parede abdominal, especialmente em casos de gestações múltiplas, sobrepeso ou diástase.
Quais são os principais sintomas da hérnia umbilical após o parto?
Os sintomas mais comuns incluem abaulamento no umbigo, sensação de peso, dor leve ou queimação e desconforto ao realizar esforço físico.
Toda hérnia umbilical pós-parto precisa de cirurgia?
Não. Em casos pequenos e sem sintomas, pode ser apenas acompanhada. A cirurgia é indicada quando há dor, aumento progressivo da hérnia ou risco de complicações.
Quando é o melhor momento para operar a hérnia umbilical pós-parto?
Geralmente entre 6 e 12 meses após o parto, quando o corpo já passou pelas principais mudanças hormonais e estruturais.
Quais são as opções de tratamento cirúrgico?
As principais técnicas incluem cirurgia aberta, laparoscópica ou robótica, podendo ser combinada com cirurgia plástica para tratar diástase ou excesso de pele e gordura.