O cirurgião me disse para emagrecer para poder operar de hérnia incisional. É mesmo necessário?

Atualizado em: 17/09/2025

A hérnia incisional pode surgir após cirurgias abdominais e, em muitos casos, o cirurgião recomenda emagrecimento antes da correção. O excesso de peso aumenta os riscos e dificulta a recuperação. Descubra por que perder peso pode ser essencial, os benefícios e as alternativas disponíveis. Entenda mais sobre esse assunto!

Pessoa mede a circunferência da cintura com fita métrica, evidenciando sobrepeso ou obesidade.
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A hérnia incisional é uma condição caracterizada por um orifício (área de fraqueza) na parede muscular do abdômen em uma cicatriz cirúrgica prévia, que permite a projeção de uma porção do intestino ou de tecido abdominal através desse ponto para o exterior, geralmente causando um abaulamento visível na pele.

Essa condição pode provocar dor e complicações como encarceramento ou estrangulamento intestinal. A correção cirúrgica costuma ser o tratamento definitivo.

No entanto, em pacientes com excesso de peso, o cirurgião frequentemente recomenda emagrecimento antes da cirurgia. 

Isso acontece porque a obesidade aumenta a pressão abdominal, dificulta o fechamento adequado da parede e eleva o risco de complicações no pós-operatório.

Neste artigo, abordaremos os riscos de operar a hérnia incisional em pacientes obesos, os benefícios de emagrecer antes da cirurgia e as alternativas quando a perda de peso não é alcançada. Leia até o final e saiba mais!

Riscos de operar a hérnia incisional em pacientes obesos

A obesidade representa um dos maiores fatores de risco em cirurgias de hérnia incisional. Isso acontece porque o excesso de peso exerce uma pressão contínua sobre a parede abdominal, comprometendo o fechamento da cirurgia e favorecendo a recidiva.

Entre os principais riscos estão:

  • Aumento da chance de infecção da ferida operatória
  • Maior dificuldade (tensão) no fechamento da parede abdominal
  • Maior risco de recidiva da hérnia após a correção
  • Maior tempo de internação hospitalar
  • Chance maior de complicações respiratórias durante e após a cirurgia

Além disso, pacientes obesos tendem a ter doenças associadas, como hipertensão, diabetes e apneia do sono, que podem aumentar as complicações anestésicas e de cicatrização

Esse conjunto de fatores torna a cirurgia mais delicada e pode impactar diretamente o resultado a longo prazo.

Outro ponto importante é que, em casos de obesidade severa, a técnica cirúrgica precisa ser adaptada. Muitas vezes, são necessárias incisões maiores e o uso de telas mais extensas, o que aumenta a complexidade do procedimento. 

Portanto, o emagrecimento prévio não é apenas uma recomendação estética, mas uma medida de segurança essencial.

Benefícios de emagrecer antes da cirurgia

O emagrecimento antes da correção da hérnia incisional pode transformar o resultado cirúrgico e garantir uma recuperação mais segura. 

A redução de peso diminui a pressão abdominal, melhora a cicatrização e reduz os riscos de complicações intra e pós-operatórias.

Os benefícios mais observados incluem:

  • Menor risco de infecção cirúrgica
  • Redução da pressão sobre a parede abdominal
  • Melhor resposta imunológica e cicatrização mais eficaz
  • Melhor complacência (elasticidade) dos tecidos
  • Recuperação mais rápida e menor tempo de internação

Em muitos casos, a perda de apenas 5 a 10% do peso corporal já traz impacto positivo para o procedimento. 

Esse emagrecimento pode ser conquistado com mudanças de hábitos alimentares, prática regular de atividades físicas e acompanhamento com especialistas.

Além disso, a preparação para a cirurgia através da perda de peso contribui para a saúde geral do paciente. A melhora da função cardiovascular e respiratória, associada ao controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, favorece a segurança do ato cirúrgico.

Alternativas quando não é possível emagrecer

Apesar da recomendação médica, nem todos os pacientes conseguem atingir a perda de peso antes da cirurgia. Nesses casos, o cirurgião avalia alternativas para reduzir os riscos, levando em consideração a gravidade da hérnia e as condições clínicas do paciente.

Entre as principais estratégias estão:

  • Realização de cirurgia bariátrica antes da correção da hérnia
  • Uso de técnicas cirúrgicas provísórias como uma “ponte” para o tratamento definitivo
  • Preparação pré-operatória intensiva com fisioterapia respiratória
  • Controle rigoroso de doenças crônicas associadas
  • Reforço nutricional para melhorar a cicatrização

Em alguns casos de urgência, quando há risco iminente de encarceramento ou estrangulamento intestinal, a cirurgia precisa ser realizada mesmo sem o emagrecimento prévio. 

Nesses cenários, a equipe médica adota cuidados adicionais para minimizar as complicações possíveis.

Em pacientes com obesidade grave e hérnia incisional complexa, muitas vezes a melhor abordagem é um tratamento em etapas, começando pela redução de peso e só depois a correção definitiva da hérnia. Isso aumenta significativamente as chances de sucesso.

Perguntas Frequentes

1. É perigosa a cirurgia de hérnia incisional?

Pode ser, especialmente em obesos, pois há maior risco de infecção, recidiva, complicações respiratórias e dificuldade no fechamento da parede.

2. Como é feita a cirurgia da hérnia incisional?

É feita com fechamento e reforço da parede abdominal, geralmente usando telas; em obesos, pode exigir técnicas adaptadas e incisões maiores.

3. Quantos dias de repouso para cirurgia de hérnia incisional?

O tempo de repouso varia, mas em média, é de 30 a 45 dias com restrição de esforço físico.

4. Quanto tempo o paciente fica no hospital após a cirurgia de hérnia incisional?

O tempo varia conforme o caso, geralmente o paciente fica internado entre 2 a 5 dias, mas obesos podem precisar de um período maior pelo risco de complicações.

5. O que provoca hérnia incisional?

Ela surge em cicatrizes cirúrgicas antigas, agravada por obesidade, má cicatrização, esforço físico e infecções.

Dr Iron Pires Hernia Clinic

Dr. Iron Pires

CRM: 147920

CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE Nº: 75353

CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 75352

Dr. Iron Pires é cirurgião hepatobiliopancreático, formado em Medicina pela UFG e com especialização pela Santa Casa de São Paulo e Unifesp. Atua em hospitais de destaque em São Paulo e faz parte da equipe de transplantes da Unifesp, contribuindo também com pesquisas na área.

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