A hérnia umbilical é uma alteração que geralmente está relacionada à fraqueza natural da região do umbigo, mas pode ser favorecida por outros fatores
A hérnia umbilical é uma alteração que tem como principal sintoma o surgimento de um abaulamento na região do umbigo, uma alteração que se desenvolve quando uma porção dos tecidos internos do abdômen atravessa o tecido muscular da região. Essa condição é resultante de um enfraquecimento na região, o que favorece o aparecimento de um orifício por onde os órgãos extravasam.
As principais causas da hérnia umbilical estão relacionadas às características anatômicas do organismo humano, já que a região do umbigo apresenta uma fraqueza natural devido à presença do cordão umbilical durante o desenvolvimento embrionário do indivíduo. Entenda melhor a seguir.
Quais são as causas da hérnia umbilical?
Como foi explicado, as causas da hérnia umbilical estão relacionadas à fraqueza natural apresentada pela região do umbigo, uma consequência do processo de desenvolvimento embrionário: quando o bebê está na barriga da mãe, a comunicação entre a placenta e o feto é feita a partir do cordão umbilical.
Para que essa comunicação seja possível, o organismo do bebê possui o anel umbilical, um orifício formado por músculos e tecidos por onde passam os vasos do cordão umbilical. Após o nascimento do bebê, essa estrutura perde a função, e o anel umbilical cicatriza e se fecha.
Em alguns casos, pode acontecer de esse processo de cicatrização apresentar uma falha, resultando no enfraquecimento da área ou até mesmo na existência de um orifício. Essas são as principais causas da hérnia umbilical, e muitas pessoas já nascem com essa condição.
Além dessas causas da hérnia umbilical, o desenvolvimento da condição pode ser favorecido por fatores como:
- Tabagismo;
- Prática de exercícios de alta intensidade;
- Carregamento excessivo de peso;
- Obesidade;
- Gestação.
Qual o agravamento da hérnia umbilical?
A hérnia umbilical é caracterizada pelo escape de um órgão ou tecido pela parede abdominal da região do umbigo, gerando uma protuberância que pode ser observada principalmente quando o paciente faz um esforço abdominal. A tendência é que o órgão extravasado volte à sua posição original em seguida.
Existem casos, porém, em que esse órgão fica preso ao orifício herniário, não retornando à cavidade abdominal. Essa condição é chamada de encarceramento e pode acontecer independentemente das causas da hérnia umbilical. Tal complicação pode levar ao bloqueio do fluxo sanguíneo para a região.
Além disso, a condição pode se agravar para o estrangulamento, quando há uma obstrução total do fluxo sanguíneo para a região. Isso pode levar à necrose dos tecidos, trazendo grave risco à vida do paciente.
Cuidados com a hérnia umbilical
Para quem já foi diagnosticado com hérnia umbilical, mas ainda não se submeteu à cirurgia para correção do problema, é necessário adotar alguns cuidados para evitar as complicações citadas acima. As principais recomendações dizem respeito a evitar movimentos que provoquem aumento da pressão intra-abdominal, tais como:
- Não levantar peso;
- Praticar atividades físicas de baixa intensidade;
- Tomar cuidado com a constipação intestinal e tosse;
- Ficar atento ao aparecimento de sintomas como dor local, náuseas e vômitos.
Opções de tratamento para hérnia umbilical
Independentemente das causas da hérnia umbilical, o único tratamento possível para a condição é a cirurgia para hérnia umbilical. A intervenção consiste, basicamente, no reposicionamento do tecido extravasado e fechamento do orifício herniário no umbigo. Pode ser necessária a instalação de uma tela cirúrgica para reforçar a musculatura da região e prevenir recidivas.
A cirurgia pode ser realizada a partir de 3 metodologias: cirurgia aberta (tradicional), cirurgia laparoscópica e cirurgia robótica. A escolha do método mais adequado também não tem relação com as causas da hérnia umbilical, cabendo ao cirurgião do aparelho digestivo avaliar as características da hérnia e as condições clínicas do paciente para indicar a técnica mais apropriada para cada caso.
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Fontes: