Dor no lado direito do abdômen, náuseas e desconforto após comer podem ser sinais de pedra na vesícula. Mesmo silenciosa no início, essa condição pode evoluir e causar complicações graves se não for tratada. Conhecer os sintomas ajuda no diagnóstico precoce. Entenda mais sobre esse assunto!

A pedra na vesícula, conhecida como colelitíase, ocorre quando cristais se formam no interior da vesícula biliar, um pequeno órgão que armazena a bile.
Embora muitas vezes não apresente sinais, os sintomas surgem quando os cálculos obstruem o canal biliar, provocando dor intensa e outros desconfortos.
Fatores como alimentação rica em gorduras, obesidade, sedentarismo e histórico familiar aumentam o risco de desenvolver a doença.
Neste artigo, abordaremos os principais sintomas que indicam alerta, os fatores que favorecem o aparecimento das pedras e os tratamentos recomendados, incluindo a cirurgia. Leia até o final e saiba mais!
Sintomas que indicam alerta para pedra na vesícula
Os sintomas da pedra na vesícula geralmente aparecem após uma refeição mais gordurosa. A dor característica, chamada de cólica biliar, é um sinal claro de alerta e exige atenção médica.
Entre os sintomas mais comuns, estão:
- Dor em cólica no lado direito do abdômen, geralmente pós-alimentar;
- Náuseas e vômitos;
- Sensação de estufamento ou digestão lenta;
- Irradiação da dor para as costas ou ombro direito;
- Febre associada à dor ou pele amarelada.
A dor pode durar de minutos a horas e costuma piorar com alimentos gordurosos. Se a pedra bloquear totalmente o ducto biliar, pode causar inflamação na vesícula (colecistite), uma condição que requer tratamento hospitalar urgente.
Sintomas como icterícia, febre alta e calafrios indicam complicações e devem ser avaliados com urgência. Em casos leves, os sintomas podem desaparecer espontaneamente, mas a recorrência é comum.
Portanto, qualquer desconforto abdominal frequente, especialmente após refeições, deve ser investigado com exames de imagem como ultrassonografia, que confirma a presença de cálculos na vesícula.
Fatores de risco e causas para o surgimento de cálculos
A formação de pedra na vesícula está associada a desequilíbrios na composição da bile, além de outros fatores ligados ao estilo de vida, hormônios e genética.
Algumas das principais causas e fatores de risco incluem:
- Sexo feminino, principalmente após os 40 anos;
- Dieta rica em gorduras e pobre em fibras;
- Obesidade e sedentarismo;
- Perda de peso muito rápida;
- Uso prolongado de anticoncepcionais ou terapia hormonal;
- Gravidez;
- Diabetes e histórico familiar da doença.
A bile é composta por água, colesterol, sais biliares e bilirrubina. Quando há excesso de colesterol ou deficiência de sais biliares, formam-se cristais que, com o tempo, se transformam em cálculos.
Além disso, a estagnação da bile, causada por jejum prolongado ou motilidade reduzida da vesícula, também contribui para a formação de pedras.
Embora muitas pessoas convivam com os cálculos sem sintomas, esses fatores aumentam a chance de crises dolorosas. Identificar esses riscos e modificá-los com acompanhamento médico e mudanças de estilo de vida pode prevenir a evolução da doença.
Tratamentos indicados para casos sintomáticos
O tratamento da pedra na vesícula depende da presença e da intensidade dos sintomas. Em casos assintomáticos, o médico pode apenas monitorar a evolução com exames regulares. No entanto, dado o risco de desenvolvimento de complicações, o tratamento cirúrgico também poderá ser considerado.
Quando há sintomas, a principal indicação é a cirurgia, que é via de regra realizada de forma minimamente invasiva por videolaparoscopia.
A colecistectomia é segura e consiste na remoção da vesícula biliar. A recuperação costuma ser rápida, e o paciente pode retomar suas atividades em poucos dias.
Após a cirurgia, a bile flui diretamente para o intestino, o que pode causar leves alterações digestivas iniciais, mas a maioria das pessoas se adapta bem à nova rotina.
É importante destacar que, uma vez que os sintomas surgem, a cirurgia é o tratamento mais recomendado. Adiar o procedimento pode resultar em inflamação da vesícula, infecção, pancreatite ou outras complicações que exigem internação de urgência.