Algumas hérnias podem voltar mesmo após a cirurgia por fatores relacionados ao tipo de reparo, características do paciente e cuidados no pós-operatório. Entenda por que isso ocorre e como evitar novas recidivas. Entenda mais sobre esse assunto!

A hérnia abdominal é uma condição caracterizada pela presença de um orifício na parede muscular do abdômen que permite a projeção de parte do intestino ou tecido intra-abdominal através deste ponto, gerando um abaulamento visível na pele.
A cirurgia é o único tratamento definitivo, mas nem sempre impede que a hérnia retorne ao longo do tempo. Isso pode ocorrer por diferentes motivos, desde fatores técnicos até características individuais do paciente. Entender essas causas é fundamental para reduzir riscos e garantir resultados mais duradouros.
Neste artigo, abordaremos por que algumas hérnias voltam mesmo após a correção cirúrgica, os fatores do paciente e do pós-operatório que aumentam o risco de recidiva e como prevenir que a hérnia retorne e quais cuidados reforçam a cirurgia. Leia até o final e saiba mais!
Por que algumas hérnias voltam mesmo após a correção cirúrgica?
A recidiva de hérnia pode ocorrer quando o reparo inicial não oferece reforço suficiente à parede abdominal. Em alguns casos, a área operada pode não cicatrizar com a força necessária, abrindo novamente o orifício que havia sido fechado. Isso é mais comum em hérnias grandes ou em tecidos fragilizados.
Outro ponto importante está relacionado ao tipo de técnica utilizada. Técnicas antigas baseadas apenas em sutura têm maior chance de falha, pois dependem exclusivamente da resistência muscular do paciente. Cirurgias sem tela apresentam índices maiores de recidiva, especialmente quando o defeito na parede abdominal é amplo.
Mesmo quando a tela é usada, posicionamentos inadequados ou tensão excessiva podem comprometer o resultado. A escolha da técnica ideal precisa considerar o tamanho da hérnia, localização e condição muscular do paciente.
• Técnicas antigas sem reforço;
• Fragilidade da parede abdominal;
• Cicatrização inadequada;
• Defeitos amplos ou complexos.
Com o avanço das técnicas cirúrgicas, a recidiva tornou-se menos frequente. Contudo, ela ainda pode ocorrer, especialmente se fatores predisponentes não são controlados adequadamente.
Fatores do paciente e do pós-operatório que aumentam o risco de recidiva
Além de fatores cirúrgicos, características individuais do paciente podem influenciar o retorno da hérnia. Obesidade, por exemplo, gera pressão constante sobre a parede abdominal, favorecendo a abertura do reparo.
Pessoas que realizam esforço físico intenso logo após a cirurgia também têm maior chance de recidiva, já que o reparo ainda está em fase inicial de cicatrização. Doenças crônicas que afetam a qualidade do tecido muscular, como diabetes e tabagismo, prejudicam a cicatrização.
O pós-operatório inadequado é igualmente determinante. Quando o paciente não segue orientações como evitar carregar peso, manter alimentação equilibrada ou controlar tosse intensa, o risco de recidiva aumenta. A compressão abdominal repetida pode forçar o reparo e comprometer a resistência do local.
• Obesidade e aumento da pressão interna;
• Esforço precoce após a cirurgia;
• Doenças que prejudicam cicatrização;
• Tabagismo e tosse crônica.
Com acompanhamento adequado e cuidados específicos, esses fatores podem ser minimizados. Seguir recomendações médicas é essencial para garantir que a cirurgia tenha resultado duradouro.
Como prevenir que a hérnia retorne e quais cuidados reforçam a cirurgia?
Prevenir a recidiva de hérnia envolve uma combinação de técnica cirúrgica adequada e cuidados pós-operatórios rigorosos. Quando necessário, atela deve ser utilizada, pois ela reforça a parede abdominal e reduz significativamente o risco de retorno.
Além disso, técnicas minimamente invasivas podem proporcionar melhor cicatrização, dependendo do tipo de hérnia. O cirurgião avalia cada caso para definir a abordagem mais segura.
No pós-operatório, manter repouso relativo e evitar esforços é indispensável. A alimentação equilibrada e o controle de peso também ajudam a reduzir a pressão sobre o abdômen. A interrupção do tabagismo melhora a cicatrização e reduz o risco de complicações respiratórias que possam aumentar esforços repetitivos.
• Evitar levantar peso por semanas;
• Adotar alimentação leve e equilibrada;
• Controlar peso corporal e parar de fumar;
• Realizar acompanhamento pós-operatório.
No longo prazo, exercícios para fortalecimento do core podem ajudar a proteger a parede abdominal, desde que liberados pelo médico. Com esses cuidados, a chance de recidiva diminui consideravelmente e o paciente mantém qualidade de vida sem novos episódios.
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Perguntas frequentes
Quem teve hérnia pode ter de novo?
Sim, especialmente quando fatores de risco não são controlados.
Porque as hérnias voltam?
Por fragilidade muscular, técnica inadequada ou esforços precoces.
Quantas vezes a hérnia pode voltar?
Depende de cada caso, mas pode recidivar mais de uma vez.
Quais são os sinais de que a hérnia voltou?
Novo abaulamento, dor local e sensação de pressão.
O que fazer para a hérnia não voltar mais?
Seguir cuidados pós-operatórios, controlar peso e evitar esforços excessivos.