Problema caracterizado pela separação dos músculos retos abdominais pode ser causado por diversos fatores
A diástase dos retos abdominais, conhecida também simplesmente como diástase abdominal, é um problema caracterizado pela separação ou afastamento dos músculos retos abdominais. Esta condição é mais comum em mulheres, principalmente aquelas que estão ou já estiveram grávidas.
O problema, em muitas pessoas, não causa sintomas além de uma protusão na linha média do abdômen, perceptível principalmente ao realizar alguns movimentos específicos. Alguns casos, no entanto, podem ter relatos de fraqueza e desconforto abdominal, principalmente ao realizar esforço físico.
As causas de diástase de retos abdominais estão associadas a fatores que favorecem a pressão intra-abdominal, que, por sua vez, leva à separação dos músculos. A gravidez, como mencionado, pode ser uma delas, mas diversas outras variáveis podem levar ao problema. Entenda a seguir.
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Possíveis causas da diástase de retos abdominais
Diversos fatores podem ser classificados como causas de diástase de retos abdominais, ou seja, causas da pressão intra-abdominal que leva à separação dos músculos. Entretanto, alguns casos também podem ocorrer por predisposição individual, isto é, uma condição própria de fraqueza do colágeno que leva ao afastamento.
Gravidez
A gestação é uma das mais frequentes causas de diástase de retos abdominais, uma vez que o desenvolvimento do feto acaba empurrando os músculos abdominais e aumentando a pressão na região, favorecendo seu enfraquecimento e afastamento.
Por esse motivo, a maior parte dos casos de diástase de retos abdominais é diagnosticada em mulheres após o parto, principalmente naquelas com as seguintes características:
- Fetos grandes ou com peso excessivo;
- Gravidez em mulheres de baixa estatura;
- Mais de uma gestação em curtos intervalos;
- Gravidez após os 35 anos;
- Gestação múltipla (de gêmeos).
Obesidade
Uma das principais características da obesidade é a deformação abdominal causada pelo excesso de gordura visceral, ou seja, gordura interna do abdome, associado ao excesso de peso. Além disso, pessoas obesas ou portadoras de síndrome metabólica/diabetes podem evoluir com sarcopenia, que é a perda e enfraquecimento progressivo de massa muscular. Estas variáveis contribuem para o aumento da pressão intra-abdominal e separação dos músculos retos pela linha média. Por tal razão, a obesidade é considerada uma das causas de diástase de retos abdominais.
Cirurgias abdominais
A realização de cirurgias pode ser uma das causas de diástase de retos abdominais, principalmente quando o paciente já possui um histórico de procedimentos nessa região. Isso ocorre porque quando os músculos são frequentemente manipulados, eles vão enfraquecendo, favorecendo quadros como sua separação.
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Exercícios intensos
Alguns pacientes podem ter diástase de retos abdominais causada pela intensidade de exercícios físicos de forma desproporcional sobre os músculos abdominais. O excesso de pressão sem o fortalecimento de todo o tronco como um todo pode levar à sua separação.
Diástase congênita
Além das causas de diástase de retos abdominais adquirida, o problema também pode surgir de forma congênita, ou seja, a pessoa já nasce com ela ou com uma tendência a desenvolvê-la. No entanto, a diástase congênita é uma forma muito rara da doença. A prematuridade (quando o bebê nasce sem a formação completa dos músculos abdominais) e a presença de algumas síndromes que favorecem a manifestação da doença estão entre as causas congênitas da doença.
Diagnóstico
Independentemente da causa de diástase de retos abdominais, o diagnóstico costuma ser feito por meio de exame físico, uma vez que a diferença de posição dos músculos pode ser observada, na maioria dos casos, por meio de manobras e posições específicas.
Durante o diagnóstico, é feita a medição da diástase para avaliar sua gravidade. Alguns casos podem necessitar confirmação diagnóstica por meio de exames de imagem como a ultrassonografia e a tomografia, que diferenciam a doença de outros problemas no abdômen, como as hérnias.
Tratamentos para diástase de retos abdominais
O tratamento para a diástase de retos abdominais depende de uma série de fatores, como a causa, a gravidade e a presença de sintomas como dor lombar, incômodo abdominal e incontinência urinária.
De forma geral, diástases de pequeno tamanho, pouco visíveis e sem sintomas não precisam ser tratadas imediatamente. Estes casos, na maioria das vezes, requerem apenas adequação de hábitos de vida e acompanhamento periódico da evolução do problema.
Existem casos em que a diástase regride sozinha, como em algumas mulheres após o parto ou pessoas com obesidade que perdem peso. Adequações de atividades físicas com o objetivo de fortalecer os músculos abdominais podem auxiliar nesse processo e ajudar a regredir a separação muscular.
Cirurgia
A cirurgia é um tratamento indicado em alguns casos, independentemente das causas de diástase de retos abdominais, quando a alteração visual da região é muito grande ou quando o paciente relata sintomas específicos que não regridem com métodos conservadores.
A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, com o paciente sob anestesia geral, e consiste, basicamente, no reposicionamento dos músculos. O procedimento geralmente é feito de forma minimamente invasiva com a Videolaparoscopia ou Cirurgia Robótica. Quando há excesso de pele associado, pode ser feito também durante uma abdominoplastia.
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Para saber mais sobre a diástase de retos abdominais e outros assuntos, entre em contato com a Hernia Clinic e agende uma consulta.
Fontes: