Saiba quais são as principais complicações decorrentes do refluxo gástrico e como tratá-las
O refluxo gástrico, também conhecido como doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), ocorre quando o conteúdo estomacal, incluindo ácido e bile, retorna em excesso do estômago para o esôfago. Isso acontece devido a um funcionamento inadequado do músculo anelar chamado esfíncter esofágico inferior, que normalmente impede o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
Possíveis complicações do refluxo gástrico
Essas são algumas das possíveis complicações do refluxo gástrico que podem ser mencionadas:
- Esofagite: entre as complicações do refluxo gástrico, está a inflamação do esôfago causada pelo contato repetido com o ácido gástrico, podendo levar à dor no peito, azia e até dificuldade para engolir;
- Úlcera do esôfago: feridas abertas no revestimento interno do esôfago causadas pelo contato constante com os ácidos do estômago são outras das complicações do refluxo gástrico, resultando em dor torácica durante a deglutição;
- Esôfago de Barrett: alterações nas células do esôfago devido à irritação prolongada também estão entre as complicações do refluxo gástrico, aumentando o risco de câncer de esôfago se não tratadas;
- Inflamação das cordas vocais: irritação das cordas vocais também pode ser incluída nas complicações do refluxo gástrico, resultando em rouquidão, pigarro e alterações na voz;
- Engasgos frequentes e noturnos: as complicações do refluxo gástrico podem causar engasgos, especialmente durante a noite;
- Estenose esofágica: seguindo a lista de complicações do refluxo gástrico, pode-se citar o estreitamento do esôfago devido à inflamação crônica, o que resulta em dificuldade progressiva para engolir alimentos sólidos;
- Aumento do risco de câncer de esôfago: por fim, outra das principais complicações do refluxo gástrico é o risco do desenvolvimento de câncer de esôfago com o tempo.
Relação do refluxo gástrico com a hérnia de hiato
A hérnia de hiato não é necessariamente uma complicação do refluxo gástrico, mas está relacionada a ele devido à sua influência sobre o funcionamento adequado do esfíncter esofágico inferior, o músculo anelar que evita o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
Essa condição ocorre quando uma parte do estômago se desloca para cima por meio da abertura do diafragma, que é uma estrutura muscular que separa o tórax do abdômen. Essa abertura, conhecida como hiato, permite que o esôfago passe do tórax para o abdômen.
Quando isso ocorre, a localização do esfíncter esofágico inferior pode ser alterada, resultando no refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Isso acontece porque o músculo anelar que normalmente mantém o conteúdo gástrico no estômago pode ficar enfraquecido ou deslocado devido à hérnia. Isso resulta em um aumento do risco de refluxo ácido e irritação do esôfago, levando aos sintomas característicos da doença do refluxo gastroesofágico, como azia, queimação e outros.
Opções de tratamento para o refluxo
Existem várias opções de tratamento para o refluxo gástrico, dependendo da gravidade dos sintomas e das complicações presentes. Estas são algumas opções de tratamento:
- Mudanças no estilo de vida: evitar substâncias desencadeantes, como álcool, alimentos gordurosos e bebidas cafeinadas ou cítricas, além de evitar fumar. Não comer pelo menos três horas antes de se deitar e elevar a cabeceira da cama também pode ajudar a reduzir os sintomas.
- Medicamentos: utilizar medicamentos que reduzem a produção de ácido gástrico. Os inibidores da bomba de prótons (IBP) e os bloqueadores de histamina-2 (H2) são exemplos de medicamentos usados para controlar a acidez do estômago e aliviar os sintomas.
- Dilatação das áreas estreitadas: se houver estreitamento do esôfago devido à inflamação crônica, a dilatação da área estreitada pode ser realizada com a utilização de balões ou tubos.
- Cirurgia: a cirurgia é uma opção para pessoas que não toleram medicamentos, têm grande volume de refluxo, úlceras, sangramento, hérnias de grande porte ou esofagite grave. A fundoplicatura é um procedimento minimamente invasivo realizado por laparoscopia, no qual o estômago é reposicionado em relação ao esôfago para eliminar o refluxo.
É importante lembrar que o tratamento deve ser determinado por um médico, que avaliará a gravidade do refluxo gástrico, os sintomas e as complicações envolvidas antes de indicar a abordagem mais adequada.
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Fontes: