A hérnia epigástrica é uma protuberância (abaulamento) no abdômen, localizada na parte central acima do umbigo, que pode ser congênita ou surgir da abertura da musculatura a partir de um esforço físico excessivo, permitindo a passagem de tecidos ou órgãos. Quando o órgão herniado fica preso nessa fenda, temos a chamada hérnia epigástrica encarcerada, caso em que se deve procurar ajuda médica imediatamente.
De modo geral, apenas a saliência característica da hérnia não provoca complicações, além de dor e desconforto. Porém, o aparecimento da hérnia epigástrica encarcerada significa um agravamento da doença, uma vez que pode ocorrer estrangulamento reduzindo o fluxo sanguíneo do segmento afetado, lesionando o tecido.
Principais sintomas da hérnia epigástrica
Entender as causas e tratamentos da hérnia epigástrica ajuda a identificar o problema para solucioná-lo antes que ocorra encarceramento. Embora a abertura da parede abdominal possa estar presente no paciente desde seu nascimento — caracterizando um problema congênito —, outros fatores também contribuem para a manifestação do problema, tais como:
- Praticar esportes que demandam grandes esforços físicos;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Tosse exacerbada;
- Execução de trabalhos pesados.
- Doenças que afetam o colágeno
Destaca-se uma maior ocorrência do problema em homens do que em mulheres e, por isso, eles caracterizam um grupo de risco.
O primeiro sintoma é constatado a partir da saliência visível na parte externa da barriga, na sua região central entre o umbigo e o tórax. Outro indício consiste no incômodo gerado pelo abaulamento (volume), às vezes, associado à força praticada em uma determinada atividade. Para esses casos, recomenda-se repouso para minimizar o desconforto.
Quando a lesão é agravada, forma-se a hérnia epigástrica encarcerada decorrente da compressão do órgão herniado, então os sintomas evoluem para dor forte, endurecimento da região, enjoos e vômitos. Por isso, desde a descoberta da hérnia, o acompanhamento médico é imprescindível para que a saúde do paciente seja resguardada até o término do tratamento.
Hérnia epigástrica encarcerada: o que é?
Trata-se de quando o conteúdo da hérnia epigástrica fica preso para fora. Ocasionalmente, há o agravamento do quadro, em que o fluxo sanguíneo é interrompido, fazendo a hérnia evoluir para uma hérnia epigástrica estrangulada. Essa compressão resulta em complicações graves, como lesão e morte do tecido, perfuração, infecção e até mesmo morte do paciente.
Diante disso, é indispensável o acompanhamento médico desde a primeira suspeita de hérnia. Na consulta, o médico pode apalpar a região para avaliar a disfunção e pedir exames de imagem para confirmar o diagnóstico. O tratamento da hérnia epigástrica encarcerada é a cirurgia, a única alternativa possível para reinserir o órgão herniário dentro da cavidade abdominal e fechar a fenda por onde ele saiu.
Tal procedimento pode ser aberto (feito com uma pequena incisão) ou por laparoscopia, ambos considerados procedimentos pouco invasivos. Eles serão realizados com anestesia geral ou raqui dentro de um hospital e o paciente será liberado sem um longo período de internação. Quando ocorre morte do tecido preso, com necessidade de remoção intestinal por exemplo, a internação pode se prolongar até que todas as funções sejam plenamente restabelecidas.
Dicas para o pós-operatório
A recuperação de uma cirurgia de hérnia não complicadanormalmente é bastante tranquila, e o paciente pode receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte do procedimento. Conforme sente-se melhor e com a resolução do problema, o paciente tende a relaxar e, muitas vezes, abusa ao antecipar sua rotina, porém o doente não pode se esquecer de que o sucesso do pós-operatório está relacionado a seguir as orientações do médico.
Algumas dicas são primordiais para garantir a eficácia do tratamento:
- Tomar analgésicos ou anti-inflamatórios prescritos pelo médico para evitar dor;
- Retornar à consulta para reavaliação do especialista;
- Não dirigir ou carregar peso por até dez dias;
- Retomar as atividades físicas apenas após 1 mês.
Dentre os efeitos pós-cirúrgico da hérnia epigástrica encarcerada, o paciente pode apresentar dor, infecção e até a recidiva da hérnia. Muitas dessas complicações dependem do repouso, doenças associadas, tratamento adequado e cuidados do paciente.
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Fontes: