Hérnia Umbilical

Atualizado em: 23/08/2024

O que é hérnia umbilical?

Caracterizada pelo aparecimento de um abaulamento na região do umbigo, a hérnia umbilical é uma condição que se desenvolve quando uma porção do revestimento interno do abdômen atravessa o tecido muscular da região. Este problema surge exatamente no local da cicatriz umbilical, sendo resultante da invasão de órgãos ou gordura para a parte exterior da cavidade abdominal. Assim como ocorre com as demais hérnias que afetam a região abdominal, a hérnia umbilical é resultante de um enfraquecimento na região — o que pode gerar o aparecimento de um orifício na musculatura, por onde os órgãos internos extravasam e geram a hérnia. Essa formação anormal geralmente é indolor, mas sempre requer acompanhamento médico especializado.

Embora seja uma condição frequente em crianças, a hérnia umbilical pode acometer também os adultos. Ela é considerada relativamente comum, uma vez que a região do umbigo apresenta uma fraqueza natural por ter abrigado o cordão umbilical durante o desenvolvimento embrionário do indivíduo. Será que consigo resolver naturalmente?  Entenda melhor sobre este tipo de alteração a seguir!

Quais são as causas da hérnia de umbigo?

Quando o bebê ainda está em desenvolvimento dentro da barriga da mãe, a comunicação entre a placenta e o feto é feita por meio do cordão umbilical. O chamado anel umbilical é um orifício formado por músculos e tecidos, por onde passam os vasos sanguíneos do cordão umbilical. Após o nascimento, essa estrutura perde a função e o anel umbilical cicatriza e se fecha.

Em algumas pessoas, porém, este processo de cicatrização do anel umbilical é falho — resultando assim em um enfraquecimento da região ou até mesmo presença de um orifício. As causas da hérnia umbilical surgem justamente a partir dessa abertura, por onde é possível extravasar uma pequena porção de órgãos internos — possivelmente o intestino.

Quero tratar uma hérnia umbilical!

Além da falha na cicatrização, o surgimento da hérnia umbilical está diretamente atrelado ao estado de saúde geral e qualidade de vida do paciente. De maneira geral, estão mais predispostos a desenvolver este tipo de alteração os indivíduos que:

  • Trabalham carregando peso;
  • Praticam exercícios físicos de alta intensidade;
  • São fumantes;
  • Possuem doenças do colágeno ou aneurisma da aorta;
  • Estão acima do peso;
  • Gestantes ou pós-gestação, devido ao elevado volume abdominal.
  • Quais são os sintomas da hérnia no umbigo?

Um dos sintomas de hérnia umbilical é o aparecimento de uma saliência indolor e maleável próximo ao umbigo do indivíduo. Na maioria dos casos, essa protuberância só pode ser observada quando a pessoa faz algum tipo de esforço, como levantar peso ou tossir.

As complicações consequentes da hérnia umbilical podem provocar sinais clínicos mais específicos, tais como dor local, endurecimento, enjoo e vômitos. Quando isso acontece, entretanto, a hérnia já evoluiu para o encarceramento ou estrangulamento, duas situações consideradas bastante graves e que, por oferecerem risco à saúde e bem-estar do paciente, demandam tratamento médico urgente.

O que uma hérnia umbilical pode causar?

As complicações mais comuns associadas às hérnias umbilicais são o encarceramento e o estrangulamento. No primeiro caso, o órgão extravasado fica preso no orifício herniário, não sendo possível empurrá-lo de volta para a cavidade abdominal. Este é um problema que leva ao bloqueio do fluxo sanguíneo para a região, o que causa dor, além de enjoos e vômitos.

O estrangulamento, por sua vez, ocorre quando o encarceramento leva a uma obstrução total do fluxo sanguíneo, não permitindo a passagem de sangue para a região. Esta é uma situação considerada bastante grave, visto que pode levar à necrose do tecido preso e consequente perfuração. Ambas as complicações necessitam de tratamento cirúrgico emergencial.

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Diagnóstico da hérnia umbilical

A hérnia umbilical pode ser facilmente diagnosticada quando o abaulamento está visível na região do umbigo. Em geral, esses nódulos são pequenos e não ultrapassam os 2,5 centímetros. O médico pode apalpar a região para verificar o tamanho e forma da hérnia, confirmando a presença da alteração.

Exames de imagem podem ajudar na confirmação do diagnóstico e favorecer a identificação da doença quando ela não está perceptível aos olhos. A realização de tomografia e ultrassonografias abdominais também pode ajudar o médico especialista a rastrear possíveis complicações e verificar as condições da hérnia para a intervenção cirúrgica.

Como é feita a cirurgia de hérnia no umbigo?

A cirurgia de hérnia umbilical é o único tratamento possível para esse tipo de hérnia. Atualmente, existem 3 tipos distintos de metodologias que podem ser aplicadas para a correção da patologia. São elas:

  • Cirurgia aberta/tradicional: o cirurgião faz uma incisão na região umbilical e reposiciona a parte do órgão que se deslocou para fora da cavidade abdominal. Para impedir a reincidência da hérnia, o cirurgião sutura e fecha o orifício. Em alguns casos, é necessária a implantação de uma tela para reforçar a parede por onde surgiu a hérnia;
  • Cirurgia laparoscópica: esta técnica utiliza uma câmera acoplada em uma cânula para realizar o procedimento de reposicionar o órgão e fechar o orifício herniário. Três pequenas incisões são necessárias: duas para os instrumentos cirúrgicos e uma para câmera. Essa técnica geralmente é usada para hérnias de tamanho maior ou que já foram operadas anteriormente. O uso de tela para reforçar a região também pode ser necessário;
  • Cirurgia robótica: esta metodologia utiliza um robô, que é guiado pelo cirurgião, para realizar o procedimento de recolocação do órgão extravasado.

Em todas as metodologias, o paciente é anestesiado para a intervenção, e devidamente acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Entre os profissionais que acompanham de perto a recuperação do paciente, está o cirurgião do aparelho digestivo — justamente a área de atuação dos médicos especialistas em hérnia da Hernia Clinic.

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Cuidados após a cirurgia de hérnia umbilical

O tempo médio de recuperação após a cirurgia para tratamento da hérnia umbilical é de duas semanas, ou seja, 15 dias. Não é necessário um tempo prolongado de internação, sendo esse período, em geral de, no máximo, 36 horas. Os cuidados mais específicos são em casa, sendo que os principais deles são:

  • Repouso: é necessário repouso nos primeiros dias após a cirurgia. Isso evita que qualquer esforço comprometa o processo de cicatrização ou traga complicações ao paciente;
  • Nada de exercícios: é importante que o paciente não pratique exercícios e nem carregue peso por, pelo menos, 30 dias após a cirurgia de hérnia umbilical. Passado esse período, é indicado que ele retome a prática de exercícios conforme a recomendação do seu médico;
  • Higienização: ao receber alta hospitalar, o paciente é orientado a tomar banho e deixar a região da cirurgia sempre limpa e seca. Caso o paciente identifique sangramento ou secreção purulenta no local, ele deve procurar o médico imediatamente;
  • Alimentação: para evitar que o paciente tenha que fazer muito esforço para evacuar ou apresente prisão de ventre, geralmente é recomendada uma dieta rica em fibras para facilitar o funcionamento intestinal;
  • Medicamentos: pode ser aconselhado ao paciente o uso de analgésicos e antibióticos no pós-operatório, a depender de cada caso. Siga todas as recomendações passadas pelo cirurgião e compareça a todas as consultas de retorno.

A Hernia Clinic é composta por uma equipe de médicos especializados no tratamento de hérnias abdominais, oferecendo tratamento cirúrgico para hérnia umbilical e aplicando a melhor estratégia para cada caso. Entre em contato e agende uma consulta com nossos especialistas.

 

Fontes:

Centro de Hérnia — Hérnia Clinic;

Sociedade Brasileira de Hérnia e parede Abdominal;

Hospital Sírio-Libanês.

Dr Iron Pires Hernia Clinic

Dr. Iron Pires

CRM: 147920

CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE Nº: 75353

CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 75352

Dr. Iron Pires é cirurgião hepatobiliopancreático, formado em Medicina pela UFG e com especialização pela Santa Casa de São Paulo e Unifesp. Atua em hospitais de destaque em São Paulo e faz parte da equipe de transplantes da Unifesp, contribuindo também com pesquisas na área.

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