O tratamento para uma hérnia abdominal estrangulada é sempre cirúrgico e precisa ser realizado com urgência
Uma hérnia abdominal é caracterizada pelo escape de um ou mais órgãos por um orifício existente na camada de musculatura abdominal, que se encarrega justamente de proteger essas estruturas internas. O estrangulamento é uma das principais complicações dessa condição e ocorre quando o suprimento de sangue para o tecido herniado é cortado.
O estrangulamento de uma hérnia abdominal é considerado um problema bastante grave, uma vez que a falta de circulação sanguínea pode levar à necrose dos tecidos, o que pode levar à liberação de toxinas e bactérias na corrente sanguínea, espalhando a infecção pelo restante do organismo.
Como consequência desse processo, o paciente pode apresentar um quadro de infecção generalizada, uma condição gravíssima e que apresenta elevado risco de morte. Por isso, o tratamento para hérnia estrangulada é uma situação que demanda atendimento emergencial. Entenda melhor a seguir.
Como é o tratamento para hérnia estrangulada?
A cirurgia de emergência é a única opção de tratamento para hérnia estrangulada, e deve ser realizada o mais rapidamente possível. A intervenção é realizada da mesma maneira que as demais cirurgias para correção de hérnia abdominal: com o reposicionamento do tecido extravasado e o fechamento do orifício herniário. Dependendo da condição do tecido após o reposicionamento, pode ser necessário removê-lo. A instalação de uma tela cirúrgica para a prevenção de recidivas pode ser realizada, desde que o local não esteja contaminado ou infectado.
A intervenção mais comumente realizada é com a metodologia tradicional (cirurgia aberta). A cirurgia laparoscópica ou cirurgia robótica pode ser empregada em alguns casos selecionados. Em todas as técnicas, a cirurgia de tratamento para hérnia estrangulada demanda o uso de anestesia e internação hospitalar, além do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar especializada.
Como é o diagnóstico da hérnia estrangulada?
O mais comum é que uma hérnia estrangulada seja diagnosticada em um atendimento hospitalar de emergência, no qual o médico observa os sintomas apresentados pelo paciente. Exames de imagem para confirmar se a hérnia está encarcerada e estrangulada podem ser realizados quando existe dúvida diagnóstica. Com a confirmação da condição, é necessário encaminhar o paciente para a cirurgia de tratamento para hérnia estrangulada o mais rapidamente possível.
Sintomas da hérnia estrangulada
Como foi citado, o diagnóstico da hérnia estrangulada pode ser facilmente realizado a partir da observação dos sintomas, que são:
- Dor forte e persistente na região e que pode se tornar insuportável;
- Febre;
- Inflamação e mudanças de cor na pele ao redor da hérnia, ficando avermelhada;
- Sensação de queimação ao redor da hérnia;
- Náuseas e vômitos;
- Constipação grave ou incapacidade de evacuar;
- Presença de sangue nas fezes;
- Ritmo cardíaco acelerado;
- Fadiga geral.
Cuidados após a cirurgia de hérnia
A recuperação do paciente que se submeteu ao tratamento para hérnia estrangulada pode levar mais tempo do que o período necessário para a recuperação de uma cirurgia de hérnia que não apresentou complicações. Isso porque o estrangulamento geralmente causa danos aos tecidos internos, demandando mais tempo para o organismo se restabelecer. O período de recuperação é ainda maior quando foi necessário remover uma parte do órgão que estava preso na hérnia.
Os principais cuidados a serem adotados após o tratamento para hérnia estrangulada são os mesmos de qualquer outro tipo de intervenção para correção de hérnia abdominal, mas podem se prolongar por mais tempo. São eles:
- Repouso;
- Suspender a prática de exercícios físicos até a liberação médica;
- Higienização adequada da cicatriz cirúrgica;
- Adotar uma alimentação adequada e rica em fibras, de modo a evitar prisão de ventre;
- Usar os medicamentos conforme orientação do cirurgião.
Seguir cuidadosamente todas essas recomendações é essencial para o sucesso do tratamento para hérnia estrangulada, evitando intercorrências ao longo da recuperação. As recomendações deverão ser passadas pelo cirurgião do aparelho digestivo no momento da alta hospitalar.
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Fontes: