A hérnia de hiato ocorre quando parte do estômago se desloca para o tórax através de uma abertura no diafragma, músculo que divide essas duas regiões do corpo. Os sintomas variam, mas incluem queimação, azia e desconforto abdominal, afetando principalmente pessoas acima dos 50 anos. Entenda mais sobre esse assunto!
A hérnia de hiato ocorre quando parte do estômago se projeta através do hiato, uma abertura no músculo diafragma, e penetra no tórax.
Essa condição é comum e afeta até 20% da população, especialmente em pessoas acima dos 50 anos. Muitos indivíduos podem não sentir sintomas, enquanto outros podem experimentar queimação, azia e desconforto abdominal.
Embora fatores como idade, obesidade e tabagismo aumentem o risco de desenvolver a condição, a hérnia de hiato pode ser tratada com mudanças no estilo de vida, medicamentos ou, em casos mais graves, cirurgia.
Neste artigo, abordaremos o que é a hérnia de hiato e seus sintomas, os fatores de risco e causas, além das opções de tratamento disponíveis. Leia até o final e saiba mais!
Quais são os sintomas mais comuns da hérnia de hiato?
O deslocamento do estômago pela abertura do diafragma pode causar desconforto e afetar o funcionamento deste órgão e do esôfago. Existem dois tipos principais de hérnia de hiato:
- Deslizante: é a forma mais comum e ocorre quando a junção entre o esôfago e o estômago desliza para cima e para baixo no hiato.
- Paraesofágica: é mais rara e ocorre quando uma parte do estômago se projeta ao lado do esôfago, aumentando o risco de complicações.
Os sintomas variam de leves a severos e podem incluir:
- Azia: sensação de queimação no peito, geralmente após refeições.
- Refluxo ácido: ácido do estômago retornando para o esôfago.
- Desconforto abdominal: dor e inchaço no abdômen superior.
- Dificuldade para engolir: sensação de que o alimento fica preso.
Embora muitas pessoas possam não apresentar sintomas, é importante estar atento a sinais de agravamento, como dor intensa ou dificuldade persistente para engolir, que podem indicar complicações mais graves.
Fatores de risco e causas da hérnia de hiato
A hérnia de hiato pode ser desencadeada por uma combinação de fatores que enfraquecem o tecido muscular ao redor do hiato. Entre as principais causas e fatores de risco, estão:
- Idade: a hérnia de hiato é mais comum em pessoas com mais de 50 anos devido ao desgaste natural dos tecidos.
- Obesidade: o aumento da pressão no abdômen causado pelo excesso de peso pode contribuir para o deslocamento do estômago.
- Tabagismo: fumar compromete a saúde dos músculos e tecidos do corpo, enfraquecendo o diafragma.
- Tosse crônica ou esforço constante: ambos podem exercer pressão no diafragma, favorecendo o aparecimento da hérnia.
- Constipação crônica: o esforço ao evacuar pode aumentar a pressão intra-abdominal.
Outros fatores incluem lesões no abdômen, predisposição genética e gravidez. A adoção de um estilo de vida saudável, com controle de peso, parar de fumar e uma dieta equilibrada, pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver a condição.
Opções de tratamento: quando a cirurgia é necessária?
O tratamento para a hérnia de hiato depende da gravidade dos sintomas e do tamanho da hérnia. Na maioria dos casos, mudanças no estilo de vida e medicamentos são suficientes. As opções incluem:
- Mudanças na dieta: evitar alimentos gordurosos, picantes e ácidos pode reduzir a azia e o refluxo.
- Perda de peso: a redução de peso diminui a pressão no abdômen, aliviando os sintomas.
- Elevação da cabeceira da cama: dormir com a cabeça mais elevada ajuda a reduzir o refluxo ácido durante a noite.
- Praticar atividade física regular: auxilia no controle do peso e dos sintomas da hérnia de hiato.
- Medicamentos: antiácidos, bloqueadores de ácido e inibidores da bomba de prótons podem ser prescritos para controlar os sintomas.
No entanto, em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária, especialmente se:
- A hérnia for grande e causar sintomas severos
- Houver complicações, como estrangulamento da hérnia ou esofagite grave
- Os medicamentos não forem eficazes no controle dos sintomas
A cirurgia mais comum é a fundoplicatura, em que o estômago é reposicionado, o hiato é reforçado para evitar novos deslocamentos e é feita uma válvula anti-refluxo entre o esôfago e o estômago
A cirurgia costuma ser realizada por via minimamente invasiva, como a videolaparoscopia ou cirurgia robótica, que oferece uma recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória.
