Por que Hérnias Umbilicais são mais comuns em mulheres e como tratá-las?

Atualizado em: 11/12/2024

As hérnias umbilicais são mais comuns em mulheres, especialmente devido à gravidez e o aumento da pressão intra-abdominal. Conheça as causas dessa condição, os fatores de risco e as opções seguras e eficazes de tratamento. Entenda mais sobre esse assunto!

Barriga de uma pessoa com hérnia umbilical evidente, destacando a protuberância na região do umbigo, ilustrando a condição médica.

As hérnias umbilicais ocorrem quando parte do intestino ou tecido abdominal se projeta através de um orifício na musculatura na região do umbigo. 

Embora possam afetar ambos os sexos, são mais prevalentes em mulheres, especialmente devido a fatores como gravidez, que aumenta a pressão intra-abdominal. 

Apesar dos sintomas serem geralmente leves, algumas hérnias podem apresentar complicações, exigindo intervenção cirúrgica de emergência. 

Neste artigo, abordaremos por que essas hérnias são mais comuns em mulheres, os desafios do diagnóstico e tratamento durante a gravidez e as melhores abordagens para prevenir e tratar casos complicados. Leia até o final e saiba mais!

Por que as hérnias umbilicais são mais comuns em mulheres?

As hérnias umbilicais afetam mais mulheres devido a características anatômicas e fatores relacionados à gravidez

Durante a gestação ocorre o crescimento do útero, que eleva a pressão intra-abdominal, e exige que a parede muscular do abdômen se distenda para acomodar um volume abdominal maior. Ainda, há alterações hormonais que podem diminuir a resistência dos tecidos conjuntivos.

A diástase do músculo reto abdominal, comum após gestações, também aumenta o risco do aparecimento de hérnias. 

Mulheres que passaram por múltiplas gestações são especialmente suscetíveis. Além disso, o aumento da pressão abdominal relacionado à obesidade ou esforços físicos intensos pode agravar a condição.

Entender esses fatores permite adotar medidas preventivas, como manter um peso saudável e realizar exercícios que fortaleçam a musculatura abdominal. 

Mulheres que planejam engravidar devem discutir possíveis intervenções preventivas com seus médicos, especialmente se já apresentam hérnia ou fatores de risco associados.

Como diagnosticar e tratar hérnias umbilicais durante a gravidez?

Diagnosticar hérnias durante a gravidez pode ser desafiador devido às mudanças no corpo da mulher. Os sintomas incluem:

  • Protuberância visível na região do umbigo;
  • Desconforto ou dor, especialmente no segundo trimestre da gestação;
  • Sensibilidade na região ao toque.

O tratamento depende da gravidade:

  • Hérnias assintomáticas são geralmente monitoradas até o pós-parto;
  • Hérnias complicadas, como as encarceradas, podem requerer cirurgia de emergência, idealmente no segundo trimestre para minimizar riscos ao feto.

Abordagens preventivas e reparos pós-parto

Prevenir hérnias ou evitar recorrências envolve estratégias simples, mas eficazes:

  • Exercícios direcionados: Fortalecer os músculos abdominais antes e depois da gravidez.
  • Controle de peso: Reduzir a pressão abdominal excessiva causada pela gordura abdominal.

O reparo pós-parto deve considerar o tempo ideal para recuperação hormonal e estabilização do peso. As estratégias incluem:

  • Técnicas de reparo com tela: Indicadas para casos de hérnias maiores, diminuem os riscos de recorrência. Hérnias umbilicais pequenas podem ser tratadas com segurança sem uso de tela.
  • Técnicas minimamente invasivas: Algumas hérnias umbilicais, especialmente se associadas a diástase significativa, podem ser tratadas por técnicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia ou cirurgia robótica.

Mulheres que desejam ter mais filhos devem discutir com seus médicos a possibilidade de adiar o reparo definitivo ou a necessidade de realizar a cirurgia no intervalo entre as gestações. Uma abordagem personalizada é essencial para prevenir complicações e promover bem-estar a longo prazo.

Dr Bruno Hernani Hernia Clinic

Dr. Bruno Hernani

CRM: 145852

CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - RQE Nº: 60456

CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 60455

Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Residência em Cirurgia Geral pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Membro Titular Especialista do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva; Associate Fellow do American College of Surgeons (EUA);

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