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Hérnia escrotal: o que é, sintomas e tratamento

imagem ilustrativa

Condição está relacionada à hérnia inguinal e, se não tratada, pode levar até à infertilidade

A hérnia escrotal, também chamada de hérnia inguino-escrotal, ocorre como uma consequência da hérnia inguinal. A hérnia inguinal é caracterizada pelo surgimento de um abaulamento e de dores na região da virilha. Ela resulta de uma fraqueza na musculatura da área inferior da parede abdominal. Quando os músculos estão fracos, o conteúdo interno do abdômen pode atravessar a região muscular em direção ao plano da pele, formando, assim, a protuberância.

Quando as hérnias inguinais são congênitas, grandes ou volumosas, elas podem descer em direção aos testículos, afetando o escroto, uma espécie de bolsa que os envolve, recebendo o nome de hérnia escrotal.

Os homens são mais propensos a desenvolver a hérnia inguinal devido à forma como acontece o desenvolvimento intrauterino dos meninos. Os testículos são formados dentro do abdômen e, por volta do 7º ou 8º mês de gestação, forma-se um túnel para que eles passem pela região inguinal (virilha) e cheguem até a bolsa escrotal.

Este canal deve cicatrizar e desaparecer antes do nascimento, deixando apenas um pequeno orifício, que recebe o nome de anel inguinal, por onde os vasos do testículo e o ducto deferente passam em direção à bolsa escrotal. Em algumas pessoas, pode acontecer de este canal não fechar adequadamente, deixando uma área vulnerável por onde os órgãos internos podem herniar.

A hérnia escrotal pode surgir em bebês, devido ao não fechamento do canal testicular, mas é mais comum em adultos. Seu aparecimento nos adultos se dá em decorrência da progressão de uma hérnia inguinal, principalmente quando acompanhada de fatores de risco como obesidade, carregar muito peso, tosse excessiva ou mesmo quando o homem faz esforço ao urinar, o que é comum em quadros em que há um aumento da próstata, ou para evacuar, no caso de constipação.

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Quais os sintomas da hérnia escrotal?

Os sintomas da hérnia escrotal são semelhantes ao da hérnia inguinal:

  • Aparecimento de protuberância ou inchaço da região da virilha ou testículos;
  • Dor ou desconforto na região ao carregar peso ou se levantar;
  • Sensação de peso na região dos testículos ao caminhar.

Hérnia escrotal encarcerada e estrangulada

Se não tratada, a hérnia escrotal pode evoluir para um encarceramento ou estrangulamento. Diz-se que a hérnia escrotal está encarcerada quando o conteúdo que saiu da cavidade abdominal não consegue retornar ao seu posicionamento original, ficando preso.

Já no caso da hérnia escrotal estrangulada, o sangue que circula pelo organismo não consegue chegar até o órgão preso, o que pode levar à necrose e morte dos tecidos internos. Esta é uma intercorrência grave, que requer um atendimento de emergência para que não haja risco à vida do paciente.

Quando a hérnia escrotal fica encarcerada ou estrangulada, o paciente pode apresentar sintomas como:

  • Dor intensa na região da hérnia;
  • Inchaço na região dos testículos;
  • Endurecimento da protuberância, com ou sem vermelhidão local;
  • Vômitos e náuseas;
  • Distensão abdominal;
  • Ausência de fezes.

Tratamento e cirurgia

O tratamento definitivo da hérnia escrotal é cirúrgico. Nos casos de estrangulamento, a cirurgia precisa ser feita em caráter emergencial, devido aos riscos. O ideal é que, ao notar os primeiros sintomas de uma possível hérnia escrotal, o paciente procure o médico para avaliação e indicação do tratamento adequado.

Há casos, quando a hérnia escrotal é pequena e não apresenta sintomas, que ela pode ser apenas acompanhada pelo médico, porém, a tendência é de que, ao longo do tempo, o paciente comece a relatar dor e incômodo, sendo, então, inevitável a cirurgia.

A cirurgia, chamada de herniorrafia, dura cerca de uma hora e é feita sob anestesia geral ou raquidiana. O objetivo do procedimento é reposicionar o órgão que ultrapassou a parede abdominal para o seu local de origem e fechar o anel herniário.

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A cirurgia para hérnia escrotal pode ser feita por três técnicas:

  • Convencional ou cirurgia aberta: consiste na realização de uma única incisão, maior, na região em que está localizada a hérnia escrotal, para que o órgão extravasado seja recolocado no lugar. Em seguida, o médico sutura o ponto fraco, por onde parte do órgão extravasou, e introduz uma tela sintética no local para reforçar o músculo e impedir que a hérnia escrotal recidive;
  • Laparoscopia: este tipo de cirurgia é realizado por meio de pequenas incisões. Antes de dar início ao procedimento, o médico insufla gás carbônico no interior do abdômen e, em seguida, insere os instrumentos cirúrgicos e uma microcâmera, que o ajudará a visualizar com mais clareza o local operado. Também é inserida a tela para fortalecimento da região abdominal. Este tipo de cirurgia proporciona algumas vantagens em relação à cirurgia convencional, como menor tempo de recuperação, menos dor no pós-operatório e menos risco de sangramento e complicações como dor crônica;
  • Cirurgia robótica: a técnica utilizada é a mesma da cirurgia laparoscópica, só que, neste caso, o procedimento é realizado por um robô guiado pelo cirurgião, o que garante mais precisão nos movimentos.

O cirurgião é quem define o tipo de cirurgia, dependendo das condições de saúde do paciente

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Fontes

Hernia Clinic

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal