Causada por problemas na cicatrização após uma cirurgia na região abdominal, a hérnia incisional só pode ser tratada por meio de cirurgia
A hérnia incisional é um tipo de hérnia abdominal caracterizado por um nódulo ou abaulamento observado na região da cicatriz de uma cirurgia realizada anteriormente. Essa condição ocorre quando tecidos e órgãos extravasam através de uma abertura na parede abdominal interna, enfraquecida pelo processo cirúrgico ou por outros fatores que possam ter interferido no processo de cicatrização.
O surgimento de uma hérnia incisional pode ocorrer pouco depois da cirurgia ou mesmo após meses ou anos, quando a cicatrização já está aparentemente consolidada. É importante que o tratamento para o problema seja realizado o quanto antes para evitar complicações, como o encarceramento ou estrangulamento, que exigem abordagens emergenciais.
Quais as causas?
A principal causa da hérnia incisional é o enfraquecimento da parede abdominal após uma cirurgia, que impede a cicatrização correta da área operada e favorece a formação do orifício herniário, por onde podem extravasar partes de órgãos como o intestino ou do tecido gorduroso.
Esse enfraquecimento da parede abdominal pode ser facilitado por alguns fatores que ocorrem durante a cicatrização, como infecções e complicações durante a cicatrização, retorno às atividades físicas antes da liberação médica (principalmente as que envolvem maior esforço abdominal) e gravidez antes da cicatrização completa.
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Além disso, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de hérnias incisionais, tais como:
- Excesso de peso ou obesidade;
- Tosse crônica;
- Prisão de ventre e dificuldade para evacuar;
- Tabagismo;
- Uso de medicamentos, principalmente imunossupressores e esteroides;
- Diabetes;
- Doenças pulmonares e renais.
Por serem fatores de risco, as características acima não são necessariamente determinantes para o aparecimento de uma hérnia incisional. Alguns casos, inclusive, ocorrem sem qualquer causa aparente.
Além disso, alguns tipos de cirurgia podem fazer com que o paciente fique mais propenso a desenvolver hérnia incisional, como aqueles que requerem grandes incisões ou que não têm um bom tempo de preparação, como as cirurgias de emergência. Isso ocorre porque esses tipos de cirurgia requerem uma cicatrização mais complexa, principalmente nos pacientes que possuem fatores de risco para a doença.
Sintomas da hérnia incisional
O principal sintoma da hérnia incisional é o abaulamento da região da cicatriz da incisão cirúrgica, que pode se assemelhar a um nódulo. Esse sinal pode aumentar ao realizar atividades de esforço e diminuir ou mesmo desaparecer quando a pessoa está em repouso.
O abaulamento da região da cicatriz pode ser o único sinal em alguns casos de hérnias muito pequenas. No entanto, é importante estar atento a alguns outros sintomas que podem surgir, tais como:
- Dor e desconforto na região acometida;
- Náuseas e vômitos;
- Alterações no funcionamento do intestino;
- Febre;
- Vermelhidão na região do abaulamento.
Esses sintomas podem indicar encarceramento ou estrangulamento da hérnia incisional. Na primeira situação, os tecidos protusos não conseguem voltar à posição original, estando presos ao orifício herniário. Na segunda, o fluxo sanguíneo é dificultado ou interrompido. Essas situações precisam ser tratadas emergencialmente, uma vez que representam risco de vida ao paciente.
Como diagnosticar?
O diagnóstico da hérnia incisional pode ser feito pelo médico especialista no próprio consultório, após exame físico e análise da história médica do paciente e dos sintomas relatados.
Para complementar o diagnóstico, podem ser realizados exames de imagem, como a tomografia computadorizada, que é capaz de identificar a localização da hérnia, seu tamanho, o conteúdo e o volume de tecidos protusos.
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Opções de tratamento
Para tratar adequadamente uma hérnia incisional o único método é a cirurgia, ainda que, antes de sua realização, seja possível adotar tratamentos conservadores para atenuar sintomas leves, como dor e desconforto.
A cirurgia de hérnia incisional deve ser realizada o quanto antes, para evitar complicações como seu encarceramento ou estrangulamento — situações que exigem tratamento cirúrgico emergencial. Podem ser adotadas três técnicas cirúrgicas diferentes:
- Cirurgia aberta: o reposicionamento dos tecidos protusos e fechamento do orifício herniário são feitos por meio de uma incisão externa na área afetada, com colocação de uma tela para reforçar a parede no local;
- Cirurgia laparoscópica: o procedimento é feito através de três ou quatro pequenas incisões, por onde são inseridos os equipamentos e uma pequena câmera, que guia o cirurgião. Esta técnica é considerada minimamente invasiva;
- Cirurgia robótica: da mesma forma que a cirurgia laparoscópica, os instrumentos e uma câmera são inseridos por meio de pequenas incisões. No entanto, o procedimento é realizado por um robô controlado pelo cirurgião, garantindo maior precisão dos movimentos e melhor visualização do local operado.
A escolha da técnica cirúrgica para o tratamento da hérnia incisional depende de diversos fatores, como o estado geral de saúde do paciente, o tamanho, a localização e a gravidade da hérnia. Na maioria dos casos é necessário colocar uma tela cirúrgica semelhante a um tecido para fortalecer a parede abdominal, evitando recidivas.
Além disso, para evitar qualquer retorno do problema ou complicações pós-cirúrgicas, é importante seguir todas as recomendações dadas pelo cirurgião durante a recuperação. Fazer repouso, não pegar peso, evitar atividades físicas e cuidados com a dieta e com o uso de medicamentos são algumas orientações que podem ser dadas para o pós-operatório da cirurgia de hérnia incisional.
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Fontes: